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EDUCAÇÃO
03/12/2021 17:38
Atualizado
03/12/2021 17:38

1/4 dos estudantes potiguares não tiveram acesso a atividades escolares em 2020

Este é o segundo menor percentual entre os estados do Nordeste, ficando atrás apenas da Bahia (28,7%). Esse percentual é bem acima da média da região (15,8%). O Ceará foi o estado nordestino com o percentual mais baixo de não disponibilização de atividades durante o período não presencial (3,3%).
FOTO: REPRODUÇÃO

No RN, 24,4% dos estudantes de 6 a 17 anos não tiveram atividades escolares disponibilizadas. Este é o segundo menor percentual entre os estados do Nordeste, ficando atrás apenas da Bahia (28,7%).

Esse percentual é bem acima da média da região (15,8%). O Ceará foi o estado nordestino com o percentual mais baixo de não disponibilização de atividades durante o período não presencial (3,3%).

Além disso, 14,8% dos estudantes potiguares naquela faixa etária dedicaram menos de 1h para realizar as atividades escolares diárias.

No que se refere ao máximo de tempo evidenciado na pesquisa, 5 horas ou mais, o Piauí registrou os estudantes com maior percentual (10,5%). No Nordeste como um todo, o período de tempo mais despendido é entre 2h e menos de 5h com 48,4% de respostas.

40% das escolas públicas potiguares não dispõem de pia em condições de uso e acesso a sabão

O percentual de escolas no RN que dispunham de pia em condições de uso e acesso à sabão foi de 66,5%, contudo é relevante destacar como esse número foi influenciado pela desproporcionalidade entre a rede pública e privada.

Na rede pública, apenas 60,3% contam com essa estrutura básica, enquanto que na rede privada 97,2% possuem pia em condições e acesso ao saber.

No Nordeste, toda a rede particular obteve valores acima de 94%, enquanto que na rede pública apenas superou os 70% o Maranhão (76,1%). Dois estados dispunham na rede pública de menos da metade das escolas com acesso a esse recurso: Bahia (44,4%) e Pernambuco (49,2%).

Mais de 60% dos estudantes da rede pública não possuem computador e acesso a internet

No que diz respeito ao acesso à internet, apenas 38,4% dos estudantes de 13 a 17 anos das escolas públicas potiguares possuem computador e acesso à internet - maior percentual do Nordeste.

No caso das escolas particulares do RN, este percentual é de 85,8%.Este cenário mostra como o acesso à rede mundial de computadores é um desafio para a adoção de estratégias de ensino remoto no estado. Demonstra, também, como essas restrições de acesso podem ter aprofundado a desigualdade na educação básica do país.

Domicílios do RN têm maior rendimento médio do Nordeste

O rendimento domiciliar médio das pessoas no RN foi de 1045 reais no ano de 2020. Este número foi o maior entre os estados nordestinos e bem acima da média registrada para a região (891 reais).

No estado potiguar, foi observado que os homens tiveram um rendimento médio de 1037 reais, enquanto as mulheres 1053. Em relação a isso, as mulheres no RN foram as únicas do Nordeste em 2020 com um rendimento médio maior que dos homens.

Esses dados são da Síntese de Indicadores Sociais 2021 do IBGE, que analisa condições de vida da população brasileira a partir de dados e indicadores de pesquisas do Instituto e de outras instituições que produzem estatísticas oficiais.

Os dados sobre rendimento, por exemplo, foram extraídos da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios do ano de 2020. Seus resultados mostram que, no RN, a população considerada branca obteve 1.292 reais de rendimento, e os pretos e pardos 893.

A diferença entre rendimentos de brancos e pretos e pardos ficou em 399 reais no RN em 2020, sendo a quinta maior entre os estados nordestinos. O estado em que foi observada a maior diferença no Nordeste foi o Ceará (681) e o menor foi a Paraíba (273).

Um indicador muito utilizado para medir desigualdade de renda é o Índice de Gini, que pode variar entre 0 e 1. Quanto mais próximo de 1, maior a a desigualdade em uma população

Em 2020, o índice de Gini do RN ficou em 0,512, o quarto melhor da série histórica, que se iniciou em 2012. O melhor resultado para o estado foi em 2013 (0,505). No Nordeste, o maior índice de Gini foi o Ceará (0,544) e o menor foi o Piauí 0,482.

Se considerado os rendimentos sem os benefícios sociais, apenas 3 estados (Rio Grande do Norte, Maranhão e Piauí) ficariam abaixo de 0,60 no índice de Gini de 2020. Isso seria o menor número de estados desde 2012, o que mostra a importância dos benefícios sociais para redução da concentração e da desigualdade de renda.

Nível de ocupação do mercado de trabalho potiguar registra seu menor patamar: 43,1%

O nível de ocupação, porcentagem das pessoas ocupadas em relação às pessoas em idade de trabalhar no RN, atingiu seu menor patamar no ano de 2020, com 43,1%.

Desde de 2012, o maior percentual havia sido registrado em 2015, com 51,5%. Importante destacar que quanto maior o nível de ocupação, melhor a situação da ocupação das pessoas no mercado de trabalho.

No RN, o tempo sem trabalhar ou procurando trabalho por dois anos ou mais foi o segundo menor (11,7%) do Nordeste, atrás apenas do Piauí (3,1%). Apesar do RN não ter registrado um grande tempo de espera, atingiu o maior tempo no quesito mais de um mês a menos de um ano procurando trabalho (55,5%) do Nordeste.

Em relação ao trabalho formal, as mulheres em todos os estados do nordeste em 2020 superam, em termos proporcionais, os homens. Desde 2016, o número de mulheres com trabalho formal no RN foi superior ao dos homens.

Em 2020, o RN registrou uma população branca com trabalho formal de 58,7%, enquanto que os pretos e pardos ocupavam 52,2%, uma diferença de aproximadamente 6 pontos percentuais. Contudo, para todos os estados, pessoas brancas ainda possuem mais formalidade.

Além de dados de educação e rendimento, a Síntese de Indicadores Sociais de 2021 traz informações sobre outros temas relacionados às condições de vida da população, como é o caso de saúde e habitação.


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