26 ABR 2024 | ATUALIZADO 10:01
ECONOMIA
02/06/2022 07:17
Atualizado
02/06/2022 07:28

Venda da Eletrobrás vai encarecer a energia ainda mais no Brasil, diz Jean Paul

O senador Jean Paul Prates afirmou no Senado Federal que o Brasil está prestes a “cometer um erro terrível com a privatização da Petrobras”, o que segundo ele vai fazer a conta de energia ficar mais cara e o Brasil vai perder o planejamento e adoção de medidas de segurança do sistema elétrico brasileiro, tudo isto em benefício do lucro do setor privado.
O senador Jean Paul Prates afirmou no Senado Federal que o Brasil está prestes a “cometer um erro terrível com a privatização da Petrobras”, o que segundo ele vai fazer a conta de energia ficar mais cara e o Brasil vai perder o planejamento e adoção de medidas de segurança do sistema elétrico brasileiro, tudo isto em benefício do lucro do setor privado.

O senador Jean Paul Prates afirmou no Senado Federal que o Brasil está prestes a “cometer um erro terrível com a privatização da Petrobras”, o que segundo ele vai fazer a conta de energia ficar mais cara e o Brasil vai perder o planejamento e adoção de medidas de segurança do sistema elétrico brasileiro, tudo isto em benefício do lucro do setor privado.

“Ninguém ganha com isso, e é por isso que estou na luta para evitar esse processo de privatização!”, assegura o senador Jean Paul Prates, em Brasília.


A privatização da Eletrobrás entrou na pauta prioritária do presidente Jair Bolsonaro e do ministro Paulo Guedes. A última etapa para privatizar a maior estatal do setor de energia da América do Sul foi a aprovação pelo TCU, mês passado, por 7 a 1.

Os próximos passos

O processo de privatização prevê uma capitalização da companhia. Isso significa que, a princípio, o governo não irá vender a sua participação atual. Serão emitidas ações para entrada de novos investidores, diluindo assim o capital da empresa até que a fatia da União seja de, no máximo, 45%. Apenas se essa oferta primária não der o resultado esperado é que haverá nova oferta incluindo a venda de ações da própria União.

A modelagem também prevê a segregação de Itaipu Binacional e da Eletronuclear. As ações que a Eletrobras possui nessas empresas serão repassadas à Empresa Brasileira de Participações em Energia Nuclear e Binacional (ENBpar), nova estatal criada em setembro do ano passado. Dessa forma, a União manterá controle sobre elas.

A Eletrobras registra lucros líquidos anuais desde 2018 – em 2022, a empresa anunciou lucro líquido de R$ 2,7 bilhões no primeiro trimestre.

Em março de 2021, o governo federal informou a inclusão da Eletrobras no Programa Nacional de Desestatização, alegando que a medida possibilitará à empresa melhorar sua capacidade de investimento e contribuir para o desenvolvimento do setor energético brasileiro. A Eletrobras detém um terço da capacidade geradora de energia elétrica instalada no país. A companhia também possui quase a metade do total de linhas de transmissão.

Próximos passos

Após a validação da desestatização da Eletrobras pelo TCU, o próximo passo é fazer o registro da operação na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), autarquia federal responsável por fiscalizar o mercado de valores e na Securities and Exchange Commission (SEC), que seria o equivalente à CVM nos Estados Unidos. Isso ocorre porque a Eletrobras possui ações negociadas na bolsa de valores do país norte-americano.

Em seguida, começa uma etapa de apresentações da Eletrobras para potenciais investidores, chamada road show e, por fim, o leilão da companhia é realizado na Bolsa de Valores brasileira (B3), ainda sem data prevista.


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