02 MAI 2024 | ATUALIZADO 22:29
SAÚDE
Cézar Alves
22/10/2022 19:56
Atualizado
22/10/2022 23:04

A história de Letícia, que precisa 400 mil dólares para pagar tratamento contra o câncer

A adolescente de São Miguel, no Alto Oeste do RN, descobriu o cancer agressivo num exame de rotina, realizado em Fortaleza, em novembro de 2021. Após fechar o diagnóstico, o que não foi fácil, teve início ao tratamento de seis sessões de quimioterapia. Só que quando chegou a quinta sessão, os médicos perceberam que o câncer continuava avançando. A saída foi transplante de medula. Letícia foi levada para o Hospital de Referência, em Curitiva, e lá não foi possível o transplante, restando apenas uma saída: uma terapia chama Cart-T Cell, que já foi aplicada com sucesso em vários pacientes, inclusive no Brasil, que custa cerca de 450 mil mil dólares e o SUS não cobre. Em vídeo, Letícia Neves pede ajuda para pagar o tratamento. CONFIRA.
A adolescente de São Miguel, no Alto Oeste do RN, descobriu o cancer agressivo num exame de rotina, realizado em Fortaleza, em novembro de 2021. Após fechar o diagnóstico, o que não foi fácil, teve início ao tratamento de seis sessões de quimioterapia. Só que quando chegou a quinta sessão, os médicos perceberam que o câncer continuava avançando. A saída foi transplante de medula. Letícia foi levada para o Hospital de Referência, em Curitiva, e lá não foi possível o transplante, restando apenas uma saída: uma terapia chama Cart-T Cell, que já foi aplicada com sucesso em vários pacientes, inclusive no Brasil, que custa cerca de 450 mil mil dólares e o SUS não cobre. Em vídeo, Letícia Neves pede ajuda para pagar o tratamento. CONFIRA.

A incrível história da menina Letícia Neves, de 12 anos, natural de São Miguel, no Alto Oeste do Rio Grande do Norte, que precisa de 450 mil dólares para custear o tratamento contra um câncer agressivo, que não é coberto pelo SUS e foi negado pelo plano de saúde dela - Unimed.

Num exame de rotina, realizado em novembro de 2021, Letícia Maia Neves Silva descobriu um nódulo estranho no abdômen. Este exame foi feito em Fortaleza-CE, após Letícia comer um pedaço de pizza em companhia da família e se sentir mal. Teve início uma verdadeira batalha de clínica em clinica fazendo exames.

A médica pediatra, muito atenciosa, solicitou ultrassom, tomografia e uma bateria completa de exames de sangue em Letícia. Com esta bateria de exames, não foi possível o diagnóstico médico confiável.

O diagnóstico de que se tratava de um linfoma, com células cancerígenas perigosas, ocorreu com a realização de uma biopsia. A irmã de Letícia, Luara Neves, contou ao MH que o tratamento começou logo seguida, no hospital de Fortaleza, com sessões de quimioterapia.

O protocolo previa a realização de seis sessões de quimioterapia. Entre a quinta e a sexta sessão, segundo Luara Neves, os médicos diagnosticaram que o câncer não estava recuando.

Nesse caso, a recomendação médica para Letícia, segundo relata Luara Neves, foi transplante de medula. Por recomendação médica, a família praticamente se mudou para Curitiba, no Paraná.

Segundo ela, o hospital da oncologia de Curitiba é referência para transplanta de medula em crianças no Brasil. Lá foram realizadas mais duas sessões de quimioterapia, sem sucesso. O câncer continuava avançando.

Sem regressão do câncer, não foi possível fazer o transplante de medula, conforme se previa inicialmente.

Neste caso, o protocolo de tratamento proposto pelos médicos de Letícia é novo: Cart-T Cell, que ainda não é oferecido SUS no Brasil, apesar de já ter passado pelas fases de teste com sucesso.  Sendo, inclusive, motivo de cobrança da classe científica para que o Governo Federal amplie os investimentos na área de pesquisa e para passar a oferecer o tratamento via SUS.

Cart-T Cell já é considerado pelas revistas científicas como promessa para o tratamento de leucemia e do linfoma no mundo. A terapia já realizada com sucesso em países como Estados Unidos da América e Correia do Sul.

Custa em média 450 mil dólares. Os primeiros três casos de tratamento usando a nova terapia Cart-T Cell no Brasil, no caso custeado pelo SUS, foi no Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto (SP), em 2019, em parceria com os pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP).

Sobre a Terapia

O Car-t Cell consiste em retirar sangue do paciente, e, em laboratório, modificar as células de defesa, ensinando-as a identificar as células cancerígenas e as combatê-las.

Após preparado em laboratório e multiplicado em quantidade necessária, as células são inseridas no organismo do paciente. No Brasil, via SUS, três pacientes passaram pela terapia.

Segundo a Revista Abrale, em edição do dia 29 de novembro de 2019, o servidor público Vamberto Luis de Castro, de 64 anos, com câncer terminal (linfoma não hodgkin), foi o primeiro.

Veja mais sobre terapia Car-T Cell.

A história de Vanberto Castro contada pelo GI. Com câncer terminal, Vamberto procurou o Hospital das Clínicas, que estava trazendo a terapia para o Brasil através dos cientistas da Universidade de São Paulo (USP), custeados pelo SUS.

Vamberto fez os exames e ficou comprovado que tinha o perfil perfeito para se submeter ao tratamento. Feito o procedimento, em 30 dias o câncer começou a regredir, a ponto de os médicos considerarem Vamberto virtualmente curado. Ele precisava ficar em observação por mais 5 anos.

Infelizmente, já recuperado fisicamente, Vamberto terminou morrendo no acidente de trânsito, no mês de dezembro de 2020, em Belo Horizonte, um ano após receber a notícia de que estava virtualmente curado no Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto.

O caso de Vamberto é o que traz esperança para Letícia, que já está internada no hospital especializado em transplantes de medula em crianças na capital do Paraná, Curitiba, porém, precisa conseguir os recursos, cerca de 450 mil dólares, para fazer a terapia Car-T Cell, já que ainda não existe disponível no sistema SUS.

Esta semana, Letícia pediu ajuda nas redes sociais para o seu tratamento.

“Estamos todos pedindo, imploro se necessário for, para conseguir este valor. Esperamos formar uma corrente solidária com 250 mil pessoas, com cada um doando R$ 5 ou 10 reais. Podemos alcançar, vamos alcançar, nos ajude”, diz Luara Neves.

Os pais de Letícia e Luara (Manoel Pedro da Silva e Maria de Lourdes Neves Silva), são de família humilde, natural de São Miguel, no Alto Oeste do Rio Grande do Norte.

Para ajudar Letícia, acesse AQUI. 


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