21 DEZ 2025 | ATUALIZADO 13:54
MOSSORÓ
25/11/2022 11:24
Atualizado
25/11/2022 17:20

MP pede bloqueio de R$ 78 mil nas contas da PMM para evitar o fechamento das Aldeias SOS

A entidade acolhe crianças e adolescentes que perderam os vínculos familiares, no município de Mossoró. A quantia é referente a débitos do Poder Executivo junto à entidade por repasses de recursos financeiros não feitos ao longo dos anos pelas gestões municipais atual e anterior. A decisão judicial favorável ao bloqueio é de outubro passado, no entanto a Prefeitura recorreu, solicitando a suspensão da ordem judicial. Agora, o recurso interposto pelo município encontra-se aguardando a análise do Tribunal de Justiça do RN (TJRN) desde o dia 30 de outubro .
MP pede bloqueio de R$ 78 mil nas contas da PMM para evitar o fechamento das Aldeias SOS. A entidade acolhe crianças e adolescentes que perderam os vínculos familiares, no município de Mossoró. A quantia é referente a débitos do Poder Executivo junto à entidade por repasses de recursos financeiros não feitos ao longo dos anos pelas gestões municipais atual e anterior. A decisão judicial favorável ao bloqueio é de outubro passado, no entanto a Prefeitura recorreu, solicitando a suspensão da ordem judicial. Agora, o recurso interposto pelo município encontra-se aguardando a análise do Tribunal de Justiça do RN (TJRN) desde o dia 30 de outubro .
FOTO: REPRODUÇÃO

O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) está pedindo cumprimento de sentença judicial para o bloqueio de R$ 78 mil nas contas da Prefeitura de Mossoró. A medida visa a evitar o fechamento das Aldeias SOS, entidade que acolhe crianças e adolescentes que perderam os vínculos familiares.

A quantia é referente a débitos do Poder Executivo junto à entidade por repasses de recursos financeiros não feitos ao longo dos anos pelas gestões municipais atual e anterior.

A decisão judicial favorável ao bloqueio é de outubro passado, no entanto a Prefeitura recorreu, solicitando a suspensão da ordem judicial. Agora, o recurso interposto pelo município encontra-se aguardando a análise do Tribunal de Justiça do RN (TJRN) desde o dia 30 de outubro .

A espera está tornando sem efeito o objeto da decisão da própria Vara da Infância, vez que, quanto mais o tempo passa, mais próximo se está do encerramento das atividades das Aldeias em Mossoró.

“Tememos já ter alcançado o ponto de irreversibilidade, infelizmente. A situação é insustentável, pois não há viabilidade financeira na continuidade da prestação do serviço de acolhimento às crianças e adolescentes que vivem nas Aldeias”, destacou o 12º promotor de Justiça, Sasha Alves.

Na última quarta-feira (23), o MPRN tentou celebrar acordo judicial com a Prefeitura. Na audiência perante a Vara da Infância e Juventude de Mossoró, o município propôs o parcelamento da dívida para 2023. No entanto, não houve conciliação.

Isso porque a necessidade de recursos financeiros é urgente, uma vez que a Aldeias não dispõe de dinheiro para quitar a folha de pagamento do mês nem a do 13º salário dos funcionários.

CRIANÇA E ADOLESCENTES EM RISCO

A possibilidade de fechamento da entidade, a cada dia mais iminente, representará uma tragédia para as crianças e adolescentes em acolhimento nas Aldeias. Isso porque todos perderão os vínculos já consolidados há muito tempo com os cuidadores das Aldeias e com a comunidade onde vivem.

Para se ter uma ideia, há histórias de meninos e meninas que chegaram no acolhimento ainda na primeira infância e hoje estão na fase da pré-adolescência e adolescência.

Os adolescentes serão especialmente impactados, pois eles serão transferidos para outros abrigos existentes na cidade, que funcionam com formato mais fechado, o que dificultará sua integração na comunidade – da qual já fazem parte estando nas Aldeias.

“É mais um vínculo que se desfará na vida dessas crianças: no passado, com as suas famílias de origem; hoje, com a sua família adquirida nas Aldeias e no bairro Ulrick Graff”, diz o promotor.

O trabalho da casa-lar é balizado no atendimento individualizado/personalizado que busca apreender as necessidades/dificuldades e potencialidades de cada criança e adolescente atendido, a fim de os apoiar no enfrentamento das dificuldades e promover as suas características mais potentes.

INADIMPLÊNCIA DO PODER EXECUTIVO SE ARRASTA HÁ MUITOS ANOS

Em 2015, o Ministério Público ajuizou uma ação civil pública (ACP) para discutir o atraso dos repasses da Prefeitura para as Aldeias. A ACP teve sentença favorável e, desde então, sempre que os atrasos deixavam a entidade em situação delicada, o MPRN era procurado para pedir o bloqueio das verbas necessárias no bojo da ação.

No final de 2021, a Prefeitura, na sua atual gestão, renovou o convênio com as Aldeias, ocasião em que incluiu no plano de pagamento as parcelas em atraso desde a gestão passada, chegando ao débito de R$ 78 mil já mencionado. Pelo acordo, os valores atrasados seriam pagos ao longo de 2022.

Ocorre, porém, que veio 2022 e a Prefeitura, além de não pagar os R$ 78 mil, ainda começou a atrasar os valores de 2022. Mais uma vez o MPRN foi procurado, quando formulou o pedido de bloqueio em outubro último, tendo a Justiça deferido o pedido.

Por meio de nova a Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania  informou que está em dia com a entidade. Veja abaixo:

A Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania informa que está rigorosamente em dia com a entidade no período de 2021 e 2022.

Há, porém, três meses em aberto referente ao ano de 2020 (gestão anterior). Em audiência de conciliação, a Prefeitura, representada pela Procuradoria Geral, propôs o pagamento parcelado, que não foi aceito pelos representantes.

Mossoró-RN, 25 de novembro de 2022

Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania

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