19 MAI 2024 | ATUALIZADO 07:00
ESTADO
08/04/2023 10:57
Atualizado
08/04/2023 11:10

Detentos e detentas da Mário Negócio esperam produzir 165 mil mudas de cajueiro em 2023

As mudas de cajueiro anão precoce são produzidas a partir de ensinamentos técnicos especializados oferecidos pela EMATER, que é parceria do projeto da Vara de Execuções Penais juntamente com outras instituições. O projeto não tem fins lucrativos. As mudas são entregues principalmente para agricultores afetados pela seca em dezenas de municípios do Rio Grande do Norte. A última leva de produção de mudas seguiu para o Assentamento Carajás, em Porto do Mangue.
As mudas de cajueiro anão precoce são produzidas a partir de ensinamentos técnicos especializados oferecidos pela EMATER, que é parceria do projeto da Vara de Execuções Penais juntamente com outras instituições. O projeto não tem fins lucrativos. As mudas são entregues principalmente para agricultores afetados pela seca em dezenas de municípios do Rio Grande do Norte. A última leva de produção de mudas seguiu para o Assentamento Carajás, em Porto do Mangue.
Foto: Seap

A produção de mudas de cajueiro utilizando mão de obra carcerária está a todo vapor nas estufas da Penitenciária Agrícola Doutor Mário Negócio, em Mossoró. Esta semana, 10 mil mudas foram entregues a agricultores do assentamento Carajás, Zona Rural de Porto do Mangue.

Em 2023, o Sistema Penitenciário já produziu 52.200 mudas e a previsão é atingir 165 mil até dezembro. Produção de castanha de caju e caju é uma grande vocação de várias regiões do Rio Grande do Norte, que definhou nos últimos 13 em função dos invernos fracos. Porém, com o ciclo invernoso, que iniciou em 2021, a grande possibilidade, de ocorrer a recuperação da copa do cajueiro, seja gigante ou Anão Precoce, e a produção de castanha e também de caju contribuir o desenvolvimento do Estado.

A Secretaria da Administração Penitenciária (SEAP) desenvolve dois projetos distintos envolvendo a cajucultura em Mossoró. Um na unidade prisional Masculina e outro no estabelecimento Feminino.

O projeto “Semeando a Cidadania” na Unidade Masculina conta com a parceria do Poder Judiciário, Banco do Nordeste, Prefeitura de Porto do Mangue, COOAPESCA, Secretaria de Agricultura de Carnaubais, Comunidade/Cooperativa Novos Pingos de Assú, e prevê a produção 65 mil mudas. 

Atualmente, 16 privados de liberdade trabalham na ação de ressocialização, com apoio da Vara de Execuções Penais de Mossoró (VEP), através da juíza Cinthia Cibele. A cada três dias de trabalho, o interno tem um dia da pena remido (reduzido). A Justiça, através de recursos pecuniários, colaborou na construção de estufas nas dependências do estabelecimento penal onde são produzidas mudas de cajueiro. 


O projeto tem o objetivo de fortalecer a cadeia produtiva da cajucultura, melhorando a produção, a renda e a qualidade de vida dos agricultores e suas famílias. 

Segundo o diretor da Penitenciária de Mossoró Masculina, Rodolpho Saldanha, cerca de 40 mil mudas já foram produzidas pelos internos em 2023. "O trabalho envolve a seleção das castanhas, o plantio, o manejo e toda a manutenção da estufa. O interno envolvido no projeto contribui com um importante serviço para a sociedade através da revitalização da cajucultura" , disse.

Já na Penitenciária Doutor Mário Negócio Feminina, a meta do projeto “Cultivando a Cidadania” para 2023 é ousada: 100 mil mudas. Segundo a diretora, policial penal Águida Larissa, 33.605 enxertos foram realizados até a primeira semana de abril e 12.200 mudas de cajueiro já foram doadas. Onze internas trabalham na lavoura de manhã e estudam à tarde. 

Na unidade feminina, participam da ação a SEAP e a Secretaria de Agricultura, da Pecuária e da Pesca (SAPE), com apoio da Vara de Execuções Penais de Mossoró (VEP). 

O projeto não tem fins lucrativos. As mudas de cajueiro anão precoce são destinadas para doação aos afetados pela seca e já mudou a paisagem de muitas comunidades rurais onde o fruto já é produzido em grande escala. Em 2022, foram feitas doações de 30 mil mudas aos municípios de Rafael Godeiro, Boa Saúde, São Bento do Norte, Pedra Grande, Viçosa, Lagoa Nova, Ceará Mirim, São Gonçalo do Amarante, Umarizal, Severiano Melo, Riacho da Cruz; Upanema, Paraú, João Dias, Triunfo Potiguar, Florânia, São Fernando, Lucrécia, Doutor Severiano, Portalegre, Luís Gomes, Serrinha dos Pintos, Lagoa Nova e Mossoró.

Além de proporcionar ganhos sociais, o trabalho contribuir, de forma significativa com a reinserção social do apenado. Ele aprende uma profissão que pode passar a exercer quando sair da prisão.  Na prisão, o projeto retira o interno da ociosidade, oferecendo uma ocupação durante o dia e também à noite, pois tem que estudar. 

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