Nesta quarta-feira (5) haviam 43 bebês internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI Neonatal) do Hospital Maternidade Almeida Castro (HMAC), em Mossoró-RN. São 48% de Mossoró e os outros 52% de todos os demais municípios da região Oeste do RN.
Em sua grande maioria, estão na UTI por ter nascido com baixo peso ou prematuro. Geralmente 15% prematuros e 10% com baixo peso. E, nestes casos, precisam, essencialmente, do leite materno para ganhar peso mais rápido e com saúde.
É o que assegura Edilene Torquato, que trabalha no Banco de Leite de Mossoró e também no HMAC, há mais de 30 anos. As duas instituições ficam localizadas uma ao lado da outra, na Praça dos Hospitais, no Centro de Mossoró, e desenvolvem um trabalho essencial para salvar vidas de bebês que nascem prematuros, com baixo peso e, ainda, com outras patologias.
Entretanto, Edilene Torquato disse que tem mais bebês precisando de leite do que de mães doando, sendo necessário fazer uma triagem diária entre os bebês internados para destinar o pouco leite doado (menos de 50% do que precisam) para aquelas que estão precisando mais.
A experiente enfermeira e também assistente social pede a compreensão das mães que já estão em casa, com leite sobrando, para que não desperdice, não jogue na pia, por se tratar de uma preciosidade capaz de salvar vida de bebês em sua fase de crescimento.
Edilene Torquato pede que as mães façam contato com posto de coleta de leite do HMAC (84 3315 1030) ou até mesmo pelo seu número pessoal (84 9 8723 3818), e colha as informações necessárias para doar o leite excedente. Segundo ela, é tudo muito fácil e salva vidas.
A coleta do leite das mães que estão em casa para abastecer o Banco de Leite de Mossoró é feita através de uma parceria com o Corpo de Bombeiros e do HMAC, num programa nacionalmente conhecido como Bombeiros Amigos do Peito.
Duas vezes por semana, uma viatura da corporação, dirigida por um bombeiro, conduz duas técnicas de enfermagem de casa em casa, coletando o leite das mães que decidem doar o leite excedente para salvar a vida dos bebês internados na UTI neonatal do HMAC.
Atualmente, com todo o esforço que é realizado, é possível coletar, no posto de coleta do HMAC e nas casas, pouco mais de 300 litros de leite, mas que seriam necessários cerca de 700 litros. Segundo Edilene Torquato, se apenas uma parcela das mães que estão amamentando decidisse doar, já havia leite suficiente para atender a demanda dos bebês internados.