07 MAI 2024 | ATUALIZADO 22:49
ECONOMIA
COM INFORMAÇÕES DO ESTADÃO CONTEÚDO
29/07/2023 10:41
Atualizado
29/07/2023 11:34

Vendida a 3R em junho, Refinaria Potiguar Clara Camarão tem a gasolina mais cara do país

O dado é de um levantamento do Observatório Social do Petróleo (OSP), que mostra que o litro da gasolina da Petrobras está custando R$ 2,52 em todo o país, enquanto as refinarias privatizadas cobram, em média, R$ 3,10. No caso da Clara Camarão, cuja venda à 3R Petroleum foi finalizada no mês de junho, o valor de venda da gasolina está em R$ 3,20, 27% mais caro do que o da estatal. A Refinaria da Amazônia (Ream), privatizada em dezembro de 2022, comercializa o litro a R$ 3,06 e a Acelen, gestora de Mataripe, a R$ 3,03, uma diferença em relação aos preços da Petrobrás de 21% e 20%, respectivamente.
Vendida a 3R em junho, Refinaria Potiguar Clara Camarão tem a gasolina mais cara do país. O dado é de um levantamento do Observatório Social do Petróleo (OSP), que mostra que o litro da gasolina da Petrobras está custando R$ 2,52 em todo o país, enquanto as refinarias privatizadas cobram, em média, R$ 3,10. No caso da Clara Camarão, cuja venda à 3R Petroleum foi finalizada no mês de junho, o valor de venda da gasolina está em R$ 3,20, 27% mais caro do que o da estatal. A Refinaria da Amazônia (Ream), privatizada em dezembro de 2022, comercializa o litro a R$ 3,06 e a Acelen, gestora de Mataripe, a R$ 3,03, uma diferença em relação aos preços da Petrobrás de 21% e 20%, respectivamente.
FOTO: REPRODUÇÃO

O preço da gasolina vendida pela Petrobras está 23% mais barato do que a média cobrada pelas refinarias privadas. A diferença atingiu, neste mês de julho, o maior patamar da série histórica, iniciada em 1º de dezembro de 2021, quando foi privatizada a primeira unidade de refino estatal, a Refinaria Landulpho Alves (Rlam), na Bahia, atual Refinaria de Mataripe.

Levantamento do Observatório Social do Petróleo (OSP) mostra que o litro da gasolina da Petrobras está custando R$ 2,52, enquanto as refinarias privatizadas cobram, em média, R$ 3,10.

A recordista dos preços mais altos do País é a Refinaria Potiguar Clara Camarão (RPCC), no Rio Grande do Norte, privatizada em 7 de junho. Administrada pela empresa 3R Petroleum, a unidade vende gasolina a R$ 3,20, valor 27% mais caro do que o da estatal.

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A Refinaria da Amazônia (Ream), privatizada em dezembro de 2022, comercializa o litro a R$ 3,06 e a Acelen, gestora de Mataripe, a R$ 3,03, uma diferença em relação aos preços da Petrobrás de 21% e 20%, respectivamente.

Segundo o economista Eric Gil Dantas, do OSP e do Instituto Brasileiro de Estudos Políticos e Sociais (Ibeps), as refinarias privatizadas, estruturalmente, cobram preços mais elevados do que a Petrobras. Ele aponta dois motivos para isso. O primeiro é que a Petrobras é uma empresa integrada, que produz e refina o petróleo.

"Sendo assim, ela tem uma margem para absorver variação de preços que é imensamente superior à de suas concorrentes", explica.

O segundo motivo apontado pelo economista é que a Petrobras é uma empresa estatal e conta com vários fatores para estabelecer o seu preço, além exclusivamente da maximização de lucros.

"Mesmo quando seu preço era definido pelo PPI, a política de paridade de importação, a companhia manteve por muito tempo preços abaixo dos internacionais, justamente por conta da pressão da opinião pública sobre o governo. E com o fim do PPI, em maio deste ano, a Petrobras passou a ter maior margem para definir os preços, até porque seus custos não variaram", conclui.

Competição

Em nota ao Broadcast, a Petrobras reiterou que a sua estratégia comercial tem como premissa a prática de preços competitivos e em equilíbrio com os mercados nacional e internacional, se valendo de suas melhores condições de produção e logística, ao mesmo tempo, em que evita o repasse da volatilidade conjuntural das cotações internacionais e da taxa câmbio.

De acordo com a estatal, a demanda nacional vem sendo atendida tanto pela Petrobras, quanto pelos demais produtores e importadores que atuam no mercado brasileiro, portanto não há risco de desabastecimento no País.

"Sobre a percepção de terceiros acerca dos preços internos de combustíveis, é importante destacar que suas declarações devem ser vistas sob a perspectiva de um mercado concorrencial, com agentes que representam empresas de diferentes portes de operação", informou a estatal.

Conforme divulgado ontem, 27, no Relatório de Produção e Vendas da Petrobras no segundo trimestre de 2023, o fator de utilização (FUT) das unidades de refino da Petrobras atingiu 93% no período, sendo que em junho alcançou 95%, os maiores resultados desde 2015.

O Relatório mostrou, ainda, que a produção de gasolina teve aumento de 7,4% no segundo trimestre, em comparação com o trimestre anterior, acompanhando o desempenho de mercado e o maior aproveitamento da capacidade operacional das refinarias.

Em junho, a produção de gasolina foi de 421 mil barris por dia (bpd), melhor resultado desde 2014. A produção de diesel também cresceu no último trimestre: 9,7% em relação ao primeiro trimestre. O diesel S10, menos poluente e com menor impacto ambiental, teve recorde mensal de 442 mil bpd em junho.

"Os resultados são fruto de constantes melhorias operacionais, otimização de processos e controle da produção, com objetivo de atender à demanda crescente do derivado", explicou a Petrobras na nota.


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