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19/10/2023 11:12
Atualizado
19/10/2023 11:12

EUA vetam proposta brasileira para criar um corredor de ajuda humanitária para Gaza

A diplomacia brasileira ainda conseguiu 12 votos favoráveis à proposta no Conselho de Segurança da ONU, tendo sido os Estados Unidos o único país a ter voto contrário. Reino Unido e Rússia se abstiveram. A proposta apresentada pelo Brasil defendeu pontos como a libertação imediata e incondicional dos reféns israelenses, a proteção de civis e da infraestrutura - como eletricidade, água, combustível, comida e medicamentos -, a criação de um corredor humanitário, a saída segura de civis e proteção de pessoal de assistência humanitária, e mais: condenava todas as formas de violência contra civis, incluindo os atos terroristas do Hamas. Mas não citava o direito de Israel se defender, como queriam os americanos.
EUA vetam proposta brasileira para criar um corredor de ajuda humanitária para Gaza. A diplomacia brasileira ainda conseguiu 12 votos favoráveis à proposta no Conselho de Segurança da ONU, tendo sido os Estados Unidos o único país a ter voto contrário. Reino Unido e Rússia se abstiveram. A proposta apresentada pelo Brasil defendeu pontos como a libertação imediata e incondicional dos reféns israelenses, a proteção de civis e da infraestrutura - como eletricidade, água, combustível, comida e medicamentos -, a criação de um corredor humanitário, a saída segura de civis e proteção de pessoal de assistência humanitária, e mais: condenava todas as formas de violência contra civis, incluindo os atos terroristas do Hamas. Mas não citava o direito de Israel se defender, como queriam os americanos.
FOTO: REPRODUÇÃO/TV GLOBO

O Brasil conseguiu, nesta quarta-feira (18), 12 votos no Conselho de Segurança da ONU, mas os Estados Unidos vetaram a proposta brasileira que pedia, entre outros pontos, a criação de um corredor de ajuda humanitária para Gaza.

Foram 12 votos a favor, além do Brasil: França, Malta, Japão, Gana, Gabão, Suíça, Moçambique, Equador, China, Albânia e Emirados Árabes. Duas abstenções - do Reino Unido e da Rússia - um único contra: dos Estados Unidos. Os cinco integrantes permanentes do conselho têm poder de veto, entre eles, os americanos.

Depois do resultado, o embaixador do Brasil na ONU, Sergio Danese, leu um documento. Disse que fez todo o esforço para acomodar posições diferentes - e até opostas - e que o foco era a situação humanitária crítica na região, e afirmou: “Novamente, o silêncio e a inação prevaleceram”.

A embaixadora americana, Linda Thomas-Greenfield, disse que os Estados Unidos estavam decepcionados porque a resolução não mencionava claramente o direito de Israel de se defender. Afirmou que o país aposta na diplomacia, que o presidente Joe Biden está em Israel para assegurar a libertação dos reféns, evitar que o conflito se espalhe e reforçar a necessidade de proteger os civis.

A proposta apresentada pelo Brasil defendeu pontos como a libertação imediata e incondicional dos reféns israelenses, a proteção de civis e da infraestrutura - como eletricidade, água, combustível, comida e medicamentos -, a criação de um corredor humanitário, a saída segura de civis e proteção de pessoal de assistência humanitária, e mais: condenava todas as formas de violência contra civis, incluindo os atos terroristas do Hamas. Mas não citava o direito de Israel se defender, como queriam os americanos.

A China elogiou a proposta. Disse que o projeto brasileiro reflete o apelo comum da comunidade internacional e poderia representar os primeiros passos do conselho para estabelecer um cessar-fogo.

A França também fez elogios e agradeceu o Brasil pela iniciativa e seu papel de coordenação.

Depois da votação, o Conselho de Segurança permaneceu reunido para discutir a explosão no hospital em Gaza. A reunião de emergência foi convocada pela Rússia e pelos Emirados Árabes Unidos.

O enviado da ONU ao Oriente Médio, Tor Wennesland, disse que a autoria da explosão no hospital de Gaza precisa ser esclarecida. Falando por videoconferência, ele alertou para o risco de expansão do conflito.

O observador permanente da Palestina na ONU, Riyad Mansour, disse que os integrantes do conselho falam em proteger os civis e que muitos ainda são incapazes de pedir um cessar-fogo imediato.

O embaixador de Israel na ONU, Gilad Erdan, afirmou que é inacreditável que o conselho não consiga chegar a um consenso para condenar os ataques do Hamas.

Depois da reunião, Sergio Danese disse que o Brasil estava satisfeito com o trabalho que realizou, mas insatisfeito por não conseguir aprovar a resolução.

“Acho que o veto representa que o conselho não está conseguindo cumprir o seu papel, que é preservar a paz e garantir a segurança onde quer que elas estejam ameaçadas”, afirmou.


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