06 NOV 2024 | ATUALIZADO 18:43
NACIONAL
Com informações da Agencia Brasil e Portal R7
29/01/2024 13:30
Atualizado
29/01/2024 15:25

PF apreende computador da ABIN na casa de investigado em Salvador-BA

Agentes da PF investigam o vereador Carlos Bolsonaro como suspeito de ter criado uma "abin paralela", em Brasília, em parceria com o então delegado federal Alexandre Ramagem, que atualmente ocupa o posto de deputado federal, para espionar ministros do STF, promotores de justiça, governadores, jornalistas, entre outras autoridades, durante a gestão do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro.
Agentes da PF investigam o vereador Carlos Bolsonaro como suspeito de ter criado uma "abin paralela", em Brasília, em parceria com o então delegado federal Alexandre Ramagem, que atualmente ocupa o posto de deputado federal, para espionar ministros do STF, promotores de justiça, governadores, jornalistas, entre outras autoridades, durante a gestão do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro.
Foto: Renan Olaz/CMRJ

Vereador Carlos Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, está entre os alvos da segunda Operação Vigilância Aproximada, deflagrada nesta segunda-feira (29). A Câmara Municipal do Rio de Janeiro informou que policiais federais estiveram no gabinete do vereador para cumprir mandado judicial de busca e apreensão e a Polícia Federal confirmou a informação.

Na casa do filho do ex-presidente Jair Bolsonaro no Rio de Janeiro, os agentes da Polícia Federal fizeram buscas. Na casa de um ex-agente da ABIN, Giancarlos Gomes Rodrigues, apreenderam computador da Agência Brasileira de Inteligência e vários documentos para investigação. Este investigado seria esposo de uma servidora da ABIN, também investigada pela PF. Moram em Salvador, no Estado da Bahia.

Além da casa e gabinete do vereador, a PF fez buscas em outros sete endereços, sendo que 4 no Rio de Janeiro, um em Brasília/DF, outro em Formosa/GO (1) e mais um em Salvador/BA. O advogado da família, disse que no momento da operação da PF em Angra dos Reis, Bolsonaro e os filhos haviam saído para pescar.

A investigação, autorizada pelo ministro Alexandre de Morais do STF, com parecer do procurador-geral da república, Paulo Gonet, investiga a criação de uma "abin paralela" para espionar adversários políticos, jornalistas, entre outras autoridades, utilizando-se de ferramentas de geolocalização de dispositivos móveis sem a devida autorização judicial.

“A diligência ocorreu das 7h às 9h, e foi acompanhada pela [equipe de] segurança da Casa e um assessor do parlamentar”, informou nota da assessoria do órgão.

Segundo informações da Polícia Federal, Carlos Bolsonaro é “a principal pessoa da família que recebia informações da Abin paralela”. As investigações indicam ainda que teria partido dele a ideia de criar esse grupo paralelo, para usar a estrutura da Agência Brasileira de Informação no monitoramento ilegal, autoridades públicas e outras pessoas.

Mais cedo, ao anunciar que a operação de hoje pretende identificar os "principais destinatários e beneficiários” de informações produzidas ilegalmente pela Abin, a PF informou que cumpre oito mandados de busca e apreensão. Cinco deles no Rio de Janeiro e os demais em Brasília, Formosa (GO) e Salvador (BA).

Durante o cumprimento dos mandados de busca e apreensão contra Carlos Bolsonaro, foram encontrados equipamentos que seriam de propriedade da Abin. Diante disso, a coordenação de comunicação social da agência informou à Agência Brasil que "iniciou imediatamente apuração sobre o caso".

A Agência Brasil tenta contato com a defesa de Carlos Bolsonaro, que não se manifestou até publicação desta matéria.

Matéria ampliada às 11h10 para incluir o quinto parágrafo com manifestação da Abin

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