06 NOV 2024 | ATUALIZADO 10:30
NACIONAL
COM INFORMAÇÕES DO BLOG DA ANDRÉIA SADI
08/02/2024 09:17
Atualizado
08/02/2024 09:17

Alvo da PF, Bolsonaro não pode falar com outros investigados e deve entregar passaporte

A polícia federal deflagrou mais uma fase da operação que investiga uma tentativa de golpe de Estado para manter o ex-presidente no poder mesmo com a derrota nas eleições de 2022. Bolsonaro também foi proibido pelo ministro Alexandre de Moraes de fazer contato com investigados na operação. Entre os alvos de busca estão aliados civis e militares do ex-presidente, como os generaos Braga Netto, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil, e Augusto Heleno, ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI).
Alvo da PF, Bolsonaro não pode falar com outros investigados e deve entregar passaporte. A polícia federal deflagrou mais uma fase da operação que investiga uma tentativa de golpe de Estado para manter o ex-presidente no poder mesmo com a derrota nas eleições de 2022. Bolsonaro também foi proibido pelo ministro Alexandre de Moraes de fazer contato com investigados na operação. Entre os alvos de busca estão aliados civis e militares do ex-presidente, como os generaos Braga Netto, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil, e Augusto Heleno, ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI).

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes mandou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) entregar o passaporte em 24 horas em uma operação que investiga uma tentativa de golpe de Estado para mantê-lo no poder mesmo com a derrota nas eleições de 2022.

O ex-presidente está Angra dos Reis(RJ), na casa de veraneio que tem na praia de Mambucaba, segundo o advogado Luiz Eduardo Kuntz, advogado de um dos alvos da operação.

Bolsonaro também foi proibido por Moraes de fazer contato com investigados na operação, deflagrada nesta quinta-feira (8). Entre os alvos de busca estão aliados civis e militares do ex-presidente.

São alvos de buscas:

General Braga Netto, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil;

General Augusto Heleno, ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI);

General Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa;

General Estevam Cals Theóphilo Gaspar de Oliveira, ex-chefe do Comando de Operações Terrestres do Exército;

Almirante Almir Garnier Santos, ex-comandante-geral da Marinha;

Anderson Torres, delegado da PF e ex-ministro da Justiça;

Valdemar Costa Neto, presidente do PL, partido de Bolsonaro;

Tercio Arnoud Thomaz, ex-assessor de Bolsonaro, conhecido como um dos pilares do chamado “gabinete do ódio”.

Ailton Barros, coronel reformado do Exército.

Além deles, são alvos de mandados de prisão:

Filipe Martins, ex-assessor especial de Bolsonaro;

Marcelo Câmara, coronel do Exército e ex-assessor especial de Bolsonaro;

Coronel do Exército Bernardo Romão Correa Neto;

Major Rafael Martins de Oliveira.

Saiba quem são os alvos da operação sobre tentativa de golpe em 2022

O Exército foi chamado para acompanhar o cumprimento das ordens contra os militares.

Ao todo, são 33 mandados de busca, 4 prisões preventivas e 48 medidas cautelares, como suspensão do exercício da função pública e entrega de passaportes (como a contra Bolsonaro).

A operação ocorre em 9 estados no DF (Amazonas, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Ceará, Espírito Santo, Paraná e Goiás) e no Distrito Federal.

De acordo com a PF, os investigados divulgaram informações falsas sobre o sistema eleitoral brasileiro para tentar legitimar uma intervenção militar. O grupo se dividiu em dois eixos.

O primeiro era voltado a construir e propagar informações falsas sobre uma suposta fraude nas urnas, apontando "falaciosa vulnerabilidade do sistema eletrônico de votação", que continuou mesmo após o resultado da eleição, segundo a PF.

O segundo eixo praticava por sua vez, praticava atos para subsidiar a abolição do Estado Democrático de Direito – ou seja, para concretizar o golpe. Essa etapa, de acordo com as investigações, tinha o apoio de militares ligados a táticas e forças especiais - os chamados kids preto.

De acordo com as investigações, se confirmadas, as condutas do grupo podem ser enquadradas em crimes como organização criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado.

Alvos militares

Ainda segundo a Polícia Federal, a operação é fruto da delação de Mauro Cid e sequência de outras investigações. Além dos ex-assessores de Bolsonaro, a operação cumpre mandados de prisão preventiva de dois militares da ativa: o coronel Romão Correa Neto e major Rafael Martins de Oliveira. O Exército acompanha alguns dos mandados em apoio à PF.

São 16 militares alvos nesta operação, incluindo membros das Forças Especiais do Exército, conhecidos como "kids pretos". As tropas existem desde 1957, segundo o próprio Exército.


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