A Petrobras registrou em 2023 lucro líquido de R$ 124,6 bilhões. O montante é o segundo mais alto na história da companhia e vem acompanhado do segundo maior Ebitda da história, R$ 262,2 bilhões, e do segundo maior fluxo de caixa operacional - R$ 215,7 bilhões.
Estes resultados foram sustentados pelos recordes operacionais ao longo do ano passado e pela bem-sucedida estratégia comercial para diesel e gasolina.
Na comparação entre 2022 e 2023, o preço internacional do petróleo (Brent) caiu 18% e o diferencial de preço do diesel em relação ao petróleo (crackspread) caiu 23%.
“Mesmo neste cenário mais desafiador, batemos recordes atrás de recordes de produção, aumentamos os investimentos, reduzimos a dívida financeira e colocamos em operação quatro novas plataformas neste primeiro ano de gestão. Tudo isso com menor intensidade de emissões e mais eficiência. Por isso, celebramos as conquistas de 2023 e compartilhamos os ganhos com a sociedade brasileira”, destaca Jean Paul Prates, presidente da Petrobras.
Em 2023, a Petrobras investiu US$ 12,7 bilhões, um crescimento de 29% em relação ao ano anterior. Além disso, a companhia pagou R$ 240 bilhões em tributos à União e demais entes públicos.
“Estamos mais próximos da sociedade. Um dos exemplos é que lançamos, nesta gestão, as maiores seleções de projetos socioambientais e culturais da história da Petrobras”, complementa Jean Paul.
O retorno ao acionista da Petrobras superou de longe o das empresas pares ao longo de 2023. O TSR – Total Shareholder Return, que considera o pagamento de dividendos e a variação das ADRs preferenciais na bolsa de Nova York, foi 112%, percentual bem superior ao de empresas de mesmo porte no setor, que atingiram no máximo o patamar dos 20%.
Durante o ano, as contribuições da Petrobras à sociedade também foram reconhecidas em diversas premiações. A companhia, por exemplo, é a única empresa premiada nas cinco categorias de boas práticas do Movimento Transparência Brasil do Pacto Global da ONU.
Outro resultado que se destaca nos dados financeiros da Petrobras em 2023 é a redução de US$ 1,2 bilhão na dívida financeira da empresa.
A dívida bruta permanece controlada, no patamar de US$ 62,6 bilhões, mesmo após o aumento de US$ 10 bilhões referentes a arrendamentos, incluindo US$ 8,7 bilhões relativos ao afretamento das quatro novas plataformas de produção que iniciaram a produção em 2023: os FPSOs Anna Nery e Anita Garibaldi, no projeto de revitalização de Marlim e Voador, o FPSO Almirante Barroso, quinta unidade a entrar em operação no campo de Búzios, e o FPSO Sepetiba, segundo sistema definitivo de produção de Mero.
Os afretamentos de plataformas passaram a ser considerados na dívida em 2019 pela norma contábil internacional (IFRS 16).
“Os resultados financeiros de 2023 mostram que estamos construindo uma Petrobras mais sólida, mais resiliente e capaz de gerar valor a longo prazo para seus sócios e para a sociedade. O crescimento da companhia também se refletirá no desenvolvimento socioeconômico do país. Os investimentos previstos no Plano Estratégico 2024-2028 têm o potencial de gerar 280 mil empregos diretos e indiretos”, destaca o diretor Financeiro e de Relacionamento com Investidores da Petrobras, Sérgio Caetano Leite.
“Este é o primeiro ano de uma jornada que levará a Petrobras a liderar a transição energética justa no Brasil de forma gradual e consciente. Vamos encarar os desafios aproveitando as sinergias com os nossos negócios e alavancados nas nossas expertises, nunca negligenciando a geração de valor econômico, como não poderia deixar de ser para uma empresa que quer manter-se competitiva e perpetuar valor para as gerações futuras”, destaca o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates.
Recordes operacionais
Em suas operações, a Petrobras também superou uma série de recordes em 2023. A produção total própria no pré-sal chegou a 2,17 milhões de barris de óleo equivalente, 10% acima do registrado no ano anterior.
Com isso, o pré-sal já representa 78% da produção total da companhia. A boa produtividade das jazidas nesta fronteira se comprovou mais uma vez com o topo de produção do FPSO Almirante Barroso, em tempo recorde: menos de 5 meses.
Outros recordes registrados pela Petrobras no ano ocorreram no processamento de óleos do pré-sal, que representaram 65% da carga processada no Refino, três pontos percentuais acima do volume de 2022; e na produção e vendas de diesel S-10: Produção de 428 mil barris por dia (bpd) e vendas de 463 mil (bpd). Enquanto o fator de utilização do parque de refino chegou a 92%, um aumento de quatro pontos percentuais em relação a 2022.
O ano de 2023 foi marcado também por recordes de eficiência em carbono tanto no Refino quanto no E&P, o que permitiu a redução de 1,8 milhão de toneladas de CO2e nas emissões absolutas de 2023 em relação a 2022. Em relação a 2015, quando foi assinado o Acordo de Paris, a redução já é superior a 40%. Além disso, a Petrobras atingiu o melhor resultado histórico em redução de emissões de metano, uma de suas prioridades.