08 SET 2024 | ATUALIZADO 21:50
ESTADO
30/07/2024 17:55
Atualizado
31/07/2024 08:16

Revolta da comunidade de Linda Flor, em Assu-RN, com o IDEMA

O IDEMA iniciou o processo de desapropriação de uma área de 475 hectares nas margens do Rio Piranhas-Açu fazer reposição florestal, pois, segundo o órgão, Assu está em processo de desertificação, já apresentando problemas na qualidade do ar. Dezenas de agricultores que trabalham nas três propriedades gravaram vídeos indignados com o IDEMA. Para os agricultores, as explicações do IDEMA não fazem sentido, pois este mesmo órgão autorizou estrangeiros instalarem usinas solares no município de Assu, em áreas quatro vezes maior do que a propriedade que eles trabalham há várias décadas produzindo flutas e criando gado.
O IDEMA iniciou o processo de desapropriação de uma área de 475 hectares nas margens do Rio Piranhas-Açu fazer reposição florestal, pois, segundo o órgão, Assu está em processo de desertificação, já apresentando problemas na qualidade do ar. Dezenas de agricultores que trabalham nas três propriedades gravaram vídeos indignados com o IDEMA. Para os agricultores, as explicações do IDEMA não fazem sentido, pois este mesmo órgão autorizou estrangeiros instalarem usinas solares no município de Assu, em áreas quatro vezes maior do que a propriedade que eles trabalham há várias décadas produzindo flutas e criando gado.

O Governo do Estado, através do Instituto de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico (IDEMA), quer desapropriar uma área de 475 hectares, alcançando três propriedades privadas, na localidade de Linda Flor, em Assú-RN, para reposição florestal.

Explica que o município de Assú está em processo de desertificação, já com piora na qualidade do ar e que, após estudar áreas em Currais Novos, Pedro Avelino, São Gonçalo do Amarante e Alto do Rodrigues, identificou a região entre Assú e Carnaubais era a mais apropriada.

Ainda segundo a nota do IDEMA, a área tem terra fértil e água em abundância (margem do leito do Rio Piranhas Açu), além de facilidade no acesso, pois fica perto da RN 016. Estes fatores são essenciais para fazer a reposição florestal com plantas nativas.

Só que esta região é altamente produtiva. Existem várias famílias produzindo acerola, banana, melancia, mamão, feijão, milho, entre vários outros cultivos, além de criação de gado. Eles estão indignados com o IDEMA, que segundo eles, vai tirar a renda de dezenas de famílias.

Confira vídeo

Em contato com o MH, o produtor rural Eudivan Araújo de Medeiros, de 43 anos, disse que as explicações do IDEMA não fazem sentido, porque este mesmo órgão autorizou a instalação de usinas solares ocupando uma área de vegetação nativa de quase 1,2 mil hectares.

O agricultor estava fazendo referência ao projeto Mendubim, das multinacionais Scatec, Equinor, Hidro Rein e Alunorte, inaugurada em abril. “Que órgão ambiental é este que entrega áreas gigantescas para empresas de outros países e sacrifica produtores nativos?”, diz.


Veja mais esclarecimentos do IDEMA

• O município de Assú está passando por processo de desertificação e piora da qualidade do ar. Necessidade da reposição florestal.

Várias regiões foram estudadas como alternativas para a reposição (Currais Novos, Pedro Avelino, São Gonçalo do Amarante, Alto do Rodrigues), mas a que se adequa mais ao processo de reflorestamento é a Região de Assú.

• O município de Assú não é a única área escolhida para a reposição florestal, mas a cidade de Parnamirim também está recebendo a reposição.

• Áreas consolidadas foram retiradas da poligonal da desapropriação.

• São apenas 3 proprietários de terras que serão alcançados com a área de reposição florestal.

• Não se trata de área protegida, se trata de uma área de reposição florestal.

• Não se trata de ação de compensação ambiental por implantação de empreendimentos eólicos, mas sim da necessidade da reposição florestal para a recuperação de áreas degradadas.


Notas

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