O Secretário de Agricultura e Desenvolvimento Rural, Faviano Moreira, concedeu entrevista ao MOSSORÓ HOJE, por meio da qual fez um balanço das ações que o município de Mossoró desenvolveu junto ao homem do campo no ano de 2024.
Segundo o ele, o destaque fica com o apoio e a assistência técnica que foi possível fornecer aos produtores, por meio do Programa Mossoró Rural.
“Assim como foi todo o ciclo da gestão, a gente conseguiu fazer muitas entregas, tanto entregas quantitativas, quanto qualitativas, então nós fizemos melhorias na questão do próprio corte-terra, conseguimos fazer investimentos muito interessantes no nosso serviço de inspeção municipal, que alcançou grandes índices”, elencou.
Sobre o Mossoró Rural, o secretário destacou os avanços que aconteceram no campo, fruto do programa que, segundo ele, deu muito resultado e trouxe um grande impacto financeiro para produtores e para o Município.
“Na apicultura o Mossoró Rural conseguiu ter um incremento de 25% na produção de mel. Temos aí cerca de 1300 colmeias que são em consultoria. Cada colmeia dessa tem uma produção média de 20 quilos de mel. Com as consultorias, subiu para 25% e aí se você multiplicar 25 quilos de mel, vezes 1300, vezes o preço de mercado hoje, que é 12, 13 reais, você vai ter um montante de volume sendo gerado na economia do Mossoró, só com o segmento da apicultura”, explicou.
Faviano lembrou que a apicultura é apenas um exemplo de sucesso, que o programa atua, ainda, em diversos outros segmentos como a inseminação oficial do gado, a cajucultura e as demais produções.
“A gente percebe aí essa pungência que foi propiciada nesse trabalho de assistência técnica que o Mossoró Rural executa, logicamente, em parcerias com o Sebrae, com o Senar, com a Ufersa e grandes passeios”, disse.
Quanto à cajucultura, o secretário afirmou que os primeiros resultados do programa, iniciado em 2022, serão percebidos em 2025. Segundo ele, os primeiros cajueiros foram plantados entre 2000 e o final de 2022 para o começo de 2023 e vão começar a produção em 2025.
“A gente vai ter essa produção sendo concentrada agora, mas o que já tinha de antemão pode ser dito é que foram cerca de 800 hectares recuperados, então isso aí já vai dar realmente um montante para o agricultor que estava ou com o cajueiro morto ou com o cajueiro gigante. Então a gente tem expectativa, no próximo ciclo, nos próximos anos, a gente ter mais esse plus aí na economia de Mossoró que é a cajucultura.
Além destes serviços, Faviano também destacou o trabalho de manutenção e recuperação das estradas. Durante todo o ciclo, segundo ele, foram cerca de 360 km de vias em manutenção, facilitando o deslocamento do homem do campo.
Reforçou, ainda, o trabalho para levar água de qualidade ao homem do campo. Atualmente, estão em execução cerca de 70 quilômetros de adutoras, que deverão ser entregues em 2025.
Por fim, o secretário destacou o incremento em termos de orçamento que a secretaria vai receber a partir de 2025, com um orçamento que passou de R$ 2 milhões para mais de R$ 25 milhões ao ano, aprovado na Câmara Municipal de Mossoró.
“Se você dividir esse valor por 12 você tem aí o valor por mês, hoje R$ 2 milhões aproximadamente. Quer dizer, o recurso que a gente tinha para executar o ano inteiro, a gente agora executa em um mês, representando todas as ações, né? Porque são ações voltadas para mudas, abatedouros, inspeção municipal, corte de terra e, sobretudo, assistência técnica e manutenção de estradas”.
Ele ainda frisou que Mossoró está fora da operação carro-pipa, do Governo Federal, da Defesa Civil, faz quase dois anos e que, diante disto, a prefeitura teve que aumentar o volume de recursos e a quantidade de carros-pipas, para suprir essa ausência.
“Então são incrementos que foram necessários e fazem valer, que é a maior zona rural do Estado, 25 mil pessoas, e a zona rural mais forte economicamente do Estado”, concluiu.