27 ABR 2024 | ATUALIZADO 20:04
NACIONAL
Da redação
13/01/2016 16:34
Atualizado
13/12/2018 19:34

Bebê com microcefalia receberá estímulo no SUS até os 3 anos

De acordo com o Secretário de Atenção à Saúde, Alberto Beltrame, a ideia é unificar a conduta dos profissionais e ampliar a abrangência do trabalho para estimulação precoce
Conasemns

O Ministério da Saúde disponibilizou nesta quarta-feira (13) as Diretrizes de Estimulação Precoce para crianças de 0 a 3 anos com atraso no desenvolvimento neuropsicomotor decorrente da microcefalia. O protocolo orienta equipes de Atenção Básica e Atenção Especializada para promover a estimulação e reabilitação de crianças que nasceram com a doença.

Acesse aqui as diretrizes na íntegra.


O documento foi desenvolvido pelo cenário de urgência estabelecido em todo o país com o aumento de casos de microcefalia em decorrência de infecção pelo  Zika Vírus. As orientações, elaboradas com apoio de profissionais de diversas áreas, complementam o Protocolo de Atenção à Saúde lançado em dezembro para orientação e atendimento das gestantes, desde o pré-natal até o desenvolvimento da criança.

De acordo com o Secretário de Atenção à Saúde, Alberto Beltrame, a ideia é unificar a conduta dos profissionais e ampliar a abrangência do trabalho para estimulação precoce.

"A meta é capacitar cerca de sete mil profissionais, desde agentes comunitários de saúde à medicos fonoaudiólogos, psicólogos, terapeutas ocupacionais, entre outros". De acordo com ele, as atividades que são realizadas para a estimulação dessas crianças são simples e de baixo custo. “Bolas, cubos coloridos e brinquedos de montar são exemplos de objetos usados para esse tipo de trabalho. A capacitação dos profissionais também é simples”, acrescentou.

O secretário enfatizou a importância do envolvimento da família nessa etapa de estimulação e reabilitação. “O profissional vai passar uma hora por dia com a criança, já a família convive com ela 24 horas. Os pais também serão instruídos e capacitados para esse cuidado, o envolvimento da família é essencial”.

Segundo Beltrame, a criança que nasceu com microcefalia apresentará a deficiência completa ou parcial ao longo do desenvolvimento, em especial até os três anos, período de maior resposta a estímulos. “O indicado é que os pais levem o mais rápido possível para iniciar o acompanhamento, pois é necessário canalizar e estabelecer o grau da deficiência de cada uma”, alertou.

As diretrizes abordam aspectos relacionados ao desenvolvimento auditivo, visual, motor, cognitivo e de linguagem. O material auxiliará o profissional de saúde na elaboração de estimulação precoce que possibilite um melhor desenvolvimento da criança com microcefalia.

Na atenção básica, o material é direcionado às Unidades Básicas de Saúde, Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASFs). Na Atenção Especializada, o protocolo será voltado para Atenção Domiciliar, Hospitalar, Ambulatórios de Especialidades e de Seguimento do Recém-Nascido e Centros Especializados em Reabilitação.

O SUS conta, atualmente, com 1.543 serviços de reabilitação em todo o país que atuam em diferentes modalidades, física, auditiva, visual e intelectual. Dentro do Plano Nacional de Enfrentamento à Microcefalia, lançado no final de 2015 e que prevê maior agilidade na estruturação dessas unidades, já foram habilitados 12 centros de reabilitação. Outros 11 se encontram em fase de conclusão das obras, com previsão de término no primeiro semestre de 2016.

O Ministério da Saúde está preparando em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Norte um curso à distância com objetivo de capacitar profissionais de saúde de toda a rede SUS para atuarem na estimulação precoce. A meta é capacitar cerca de 7.500 profissionais. As matrículas estão previstas para março de 2016.

Com informações da Conasemns

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