Lajedo de Soledade, de Apodi-RN, é reconhecido como patrimônio Cultural do RN
A Governadora Fátima Bezerra sancionou a Lei 12.031 de janeiro de 2025, que torna o Sítio Arqueológico do Lajedo de Soledade, em Apodi-RN, Patrimônio Cultural do Rio Grande do Norte. A informação foi confirmada pelo ex-prefeito Alan Silveira.
"Mais um marco importante para o nosso município e para o nosso turismo!", enfatiza Alan Silveira. O atual prefeito, Luis Sabino, também festejou. "É conquista pra gente comemorar, minha gente! Um orgulho pra nossa terra e mais força pro turismo crescer!", destaca.
O Lajedo de Soledade está localizado na Chapada do município de Apodi, oeste do estado do Rio Grande do Norte. É a maior exposição de rocha calcária da Bacia Potiguar. Suas ravinas e cavernas abrigam pinturas rupestres e fósseis de animais da era glacial.
O Lajedo de Soledade está no roteiro turístico da região Oeste do Rio Grande do Norte, somando aí com as belíssimas cachoeiras e cavernas de Felipe Guerra, a casa de Pedra, em Martins, a Furna Feira, de Mossoró e as belas cidades de Martins e Portalegre, no Alto Oeste Potiguar.
O potencial hídrico (Barragens de Santa Cruz, Umari e Pau dos Ferros) e também os eventos de grande porte, como o Mossoró Cidade Junina, em Mossoró; o Festival Gastronômico, de Martins, o Carnaval em Apodi; A Finecap, em Pau dos Ferros; a Festa de São Sebastião, em Caraúbas; e o brilho de fim de Ano em Felipe Guerra, terminam por engrandecer o passeio no Oeste do RN.
No último dia 03 de janeiro, o Procurador-Geral do Estado, Antenor Roberto, esteve reunido com o Procurador do Estado, Francisco de Sales Matos, lotado na Procuradoria do Patrimônio e da Defesa Ambiental (PPDA), com Leonardo Troiano, Coordenador do IPHAN, e com Manoel Solto Maior, Arqueólogo do IPHAN., para tratar processo de reconhecimento internacional do Sítio Lajedo de Soledade como patrimônio mundial da UNESCO.
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Lajedo de Soledade, de Apodi-RN, poderá ser reconhecido como patrimônio mundial da UNESCO
A comunidade de Soledade já tem até museu com peças do lajedo. O primeira guia turístico do local, Adailton Targino, observa que o local precisa de mais investimento, para melhorar principalmente o acesso ao local.
"Nós estamos buscando e com várias parcerias tornar o Sítio Arqueológico do Lajedo de Soledade um Patrimônio da UNESCO, assim como participamos da Rio 92 e trouxemos um aumento nos visitantes do Lajedo; Assim como o prêmio Von Martius da Câmara de Comércio Brasil/Alemanha em Agosto de 2000 onde ganhamos na categoria humanidade o que trouxe várias tvs na época para divulgar nosso potencial; E assim como o projeto de nossa autoria da Semana do Turismo Pedagógico levou Apodi a ficar no top 100 do Green Destination como os 100 destinos sustentáveis do planeta, o que trouxe visibilidade e mostra que é precioso interiorizar o turismo com grandes atrativos que temos. Agora estamos focados na chancela da UNESCO que fará com que o Lajedo esteja no lugar onde merece estar", declarou Adailton.
No lajedo, pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte encontraram fósseis de animais pré-histórico, como o bicho-preguiça e tatus gigantes, mastodontes e tigres-de-dente-desabre que viviam no Nordeste no período Glacial, além de pinturas rupestres.
São vários os painéis dessas pinturas ainda preservadas que se encontram no leito de um rio seco, que podem ser observadas em visitas acompanhadas por guias. Segundo pesquisadores, os desenhos dessas pinturas teriam sido feitos por índios que habitavam essa região no período pré histórico.
A área do lajedo está situado a menos de 300 metros da vila de casas dos moradores desse distrito, que fica a 6 km da margem direita da BR-405, que liga Mossoró a Apodi. O acesso é por estrada asfaltada até o distrito.
Segundo os geólogos da Petrobras, que na década de 90 ajudaram a população a criar a Fundação Amigos do Lajedo de Soledade (FALS) e a instalar o Museu e o Centro de Atividades do Lajedo (CAL), há 90 milhões de anos, toda a área era coberta por um mar raso que, ao recuar, relevou uma grande extensão de rocha calcária.
O lajedo é constituído por uma área de rocha calcária que sofreu a erosão da água das chuvas, abrindo um mini cânion com cavernas e fendas onde estão gravadas as pinturas rupestres, representando figuras de espécies que seriam araras, papagaios, garças, lagartos e formas geométricas. Já foi tema de documentário de 30 minutos na BBC de Londres. Ocupou páginas de revistas e jornais de circulação nacional e internacional. Foi tema de inúmeras reportagens na TV e em vários outros veículos de comunicação do Brasil.
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