A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (11) a Operação Dissímulo, com o apoio da Controladoria-Geral da União e da Receita Federal do Brasil, para desarticular um grupo criminoso voltado à prática de fraudes em licitações na área de terceirização.
Foram cumpridos 26 mandados de busca e apreensão em endereços localizados no Distrito Federal.
As investigações, que tiveram início em abril de 2024, indicam que empresas com vínculos societários, familiares e trabalhistas teriam se associado para a prática de fraudes em licitações.
Os investigados teriam utilizado falsa declaração de dados perante a administração pública para obter benefícios fiscais, garantindo assim vantagem indevida frente a outros concorrentes.
Também foi identificado que o grupo utilizava “laranjas” como sócios das empresas para ocultar os verdadeiros proprietários.
O grupo investigado possui dezenas de contratos vigentes com a Administração Pública, incluindo um contrato com a própria Polícia Federal, alvo desta investigação.
Entre os alvos da operação, segundo apurou o colunista do Metrópoles, Tácio Lorrran, está o ex-deputado do Distrito Federal e dono de um dos principais clubes de tiro de Brasília, Carlos Tabanez.
Tabanez está por trás da R7 Facilities, que era a responsável pela gestão contratual da manutenção da Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte. A empresa mantém vários contratos com o governo federal de serviços gerais. Porém, no que se refere a construção do muro da Penitenciária Federal de Mossoró, o Ministério da Justiça já contratou outra empresa e as obras já iniciaram.
Com a deflagração da operação, a PF está adotando as medidas necessárias para evitar prejuízos à continuidade dos serviços prestados.
Os fatos investigados configuram, em tese, os crimes de frustração do caráter competitivo de licitação, uso de documentos falso, falsidade ideológica e estelionato contra a administração pública.