Lucas Vinícius, de 22 anos, dirigindo um Citroën C3, atropelou a motocicleta XRE 190 e matou o piloto José Martins Veras Neto, de 59 anos, no início da manhã deste sábado, 22, na Avenida Abel Coelho, em frente a Lanchonete Porreta Burger, no Abolição III, em Mossoró-RN.
As câmeras de segurança mostram que José Martins reduziu a velocidade da moto para passar por um acúmulo de água na Avenida Coelho, em frente ao Porreta Burger, e foi violentamente atropelado por Lucas Vinícius, que dirigia o Citroën C3 em alta velocidade no mesmo sentido.
Seu José Martins morreu no local. A motocicleta XRE 190 ficou completamente destruída, na via de acesso ao Sindicato dos Servidores da CAERN. Já o Citroën ficou logo à frente. Lucas Vinícius permaneceu no local, até a chegada da Polícia Militar e também dos guardas de trânsito.
Depois de mais de duas horas dentro da viatura no local, Lucas foi conduzido para Delegacia de Plantão, para os procedimentos legais. O corpo de José Martins foi removido pelo Instituto Técnico-cientifico de Perícia, para exames e identificação oficial.
Segundo o inspetor municipal de trânsito Oliveira, Lucas Vinicius apresentava sinais de embriagues e não aceitou fazer exame de alcoolemia no local. Ele afirmou que iria fazer o laudo de comprovação de embriaguez e entregar ao delegado.
Na Delegacia de Plantão, cabe ao delegado de plantão Antônio Caetano Baumann de Azevedo ouvir as partes, juntar a documentação e decidir o tipo de flagrante ou não. No caso, autuou por homicídio culposo, arbitrou finança de R$ 1.500,00 e colocou Lucas em liberdade.
O delegado explicou que o Código de Trânsito Brasileiro, em seu Art. 302/paragrafo III, prever pena de 5 a 8 anos, para este tipo de crime e para que ele fique preso, seria necessário a comprovação da embriaguez, que pode ser laudo do bafômetro ou um laudo de comprovação feito pelos guardas de trânsito.
Entretanto, o atropelador não aceitou fazer o bafômetro no local e os agentes municipais de trânsito não fizeram o laudo de constatação de embriaguez, como haviam afirmado a imprensa no local que iria fazer.
Com este quadro, o delegado Antonio Caetano disse que não lhe restou outra alternativa se não autuar o motorista por homicídio culposo, arbitrar a fiança e liberá-lo.
"Nos policiais, não podemos nos envolver emocionalmente com a ocorrência, por mais chocante, barbara, que seja. A gente tem que trabalhar com a questão legal, tão somente, com a questão legal", diz o delegado Antônio Caetano Baumam de Azevedo.
Seu José Martins estava conduzindo cupons e banners do APAE em sua motocicleta. Amigos contaram no local que ele fazia trabalho voluntário no APAE, distribuindo cupons e fixando banners nos comércios de Mossoró para as pessoas doarem recursos para manter a instituição, que desenvolve um belíssimo trabalho com crianças no Abolição II.