Motociclistas de Mossoro realizaram protesto na manhã desta segunda-feira (24) na avenida Abel Coelho, local onde o senhor José Martins Veras Neto, de 59 anos, foi atropelado e morto neste sábado (22).
As câmeras de segurança do local mostraram que José Martins, Netão como era mais conhecido, reduziu a velocidade da moto para passar por um acúmulo de água na Avenida Coelho, em frente ao Porreta Burger, e foi violentamente atropelado por Lucas Vinícius, que dirigia o Citroën C3 em alta velocidade no mesmo sentido.
Seu José Martins morreu no local. Lucas Vinícius permaneceu no local, até a chegada da Polícia Militar e também dos guardas de trânsito. Foi conduzido a Delegacia de Plantão, onde terminou autuado em flagrante por homicídio culposo e colocado em liberdade mediante pagamento de fiança de R$ 1.500,00.
De imediato, teve início uma série de protestos nas redes sociais, contrário a decisão da Polícia Civil de soltar Lucas Vinícius mediante finança de apenas 1.500,00. Apontam que a multa poderia ser de 1 a 100 salários mínimos. Porque teria sido fiança mínima? Diante da gravidade do acidente, a irresponsabilidade que tirou a vida de Netão, não poderia ter sido flagrante por homicídio doloso, que não caberia liberdade mediante fiança? Estes e tantos outros questionamentos levou motociclistas e amigos a fazer um protesto no local do acidente e em vários pontos estratégicos da cidade (Câmara, Delegacia, Prefeitura) pedindo por justiça.
Durante o protesto, motociclista e amigos de Netão, pediram por justiça e interditaram o trecho onde ocorreu o acidente e depois se dirigiram até a Delegacia da Polícia Civil, no Centro de Mossoró, cobrando que as autoridades prendam o motorista envolvido no acidente.
O caso reacende o debate sobre a fiscalização do consumo de álcool ao volante e a impunidade em acidentes de trânsito. Enquanto a investigação prossegue, familiares amigos de Netão lamentam a perda irreparável e clamam por justiça.