O Corpo de Bombeiros, Polícia Ambiental, Biólogos e voluntários formaram uma “força tarefa” para resgatar os animais que estão ficando ilhados na Barragem de Oiticica, em Jucurutu-RN. O trabalho começou no início do ano e vai até julho de 2025.
O reservatório tem capacidade para armazenar até 742 milhões de metros cúbicos de água e alcança uma grande extensão de terra na região Seridó, formando mais de mil ilhas dentro da área coberta por água, onde ficam os animais alvos dos resgates.
Segundo o Instituto de Gestão de Águas do Rio Grande do Norte, o nível da barragem está subindo cerca de 1 centímetro por dia, podendo aumentar ou reduzir a depender da intensidade das chuvas na região do Alto Sertão da Paraíba-PB.
O trabalho de preservação da fauna compreende no resgate de répteis, roedores e até anfíbios, que nadando, não teria condições de alcançar as margens da barragem. Com auxílio dos biólogos, os bombeiros e policiais ambientais capturam os animais usando armadilhas.
O capitão Victor, da Polícia Ambiental, disse ao jornalista Rosivan Amaral, que além de resgatar os animais, também é preciso combater em parceria com a população a caça predatória na região. Segundo ele, existem competições de caça na região da Serra do João do Vale que os competidores se aproveitam da situação dos animais ilhados para capturá-los.
O biólogos Lucas Paulinho, do Grupo QS Engenharia, explicou que as armadilhas são colocadas no início da manhã e visitada duas vezes ao dia. Os principais animais resgados são roedores (preás e mocós), soltos em áreas pré-definidas por estudos ambientais.
A bióloga Viviane Lucena, durante o trabalho de reportagem do jornalista Rosivan Amaral, capturou um calango listrado. São animais que no dia a dia, parece não ter grande importância, mas para os biólogos, cada animais, seja ele do tamanho que for, tem sua função na natureza.