O prefeito Haroldo Ferreira, de Felipe Guerra, recebeu mais uma determinação do Tribunal de Contas do Estado (TCE) para, em um prazo máximo de 30 dias, acionar à Justiça para cobrar do ex-prefeito Hugo Costa o valor de R$ 481.777,23, restituindo assim aos cofres da Prefeitura Municipal de Felipe Guerra, de onde estes recursos foram desviados antes de 2004.
E este não o primeiro processo que Haroldo Ferreira é obrigado pela Justiça a acionar o ex-prefeito Hugo Costa, que foi prefeito de Felipe Guerra por 3 mandatos (89-92, 97-2000-2001-2004), para devolver recursos desviados dos cofres da Prefeitura Municipal de Felipe Guerra.
Somando os outros valores que já estão sendo cobrados na Justiça chega-se a soma de R$ 5.314.058,80. Estes são os processos, segundo os procuradores do município, que já transitaram em julgado, ou seja, não existe mais como Hugo Costa recorrer para não devolver os recursos.
Além de devolver a soma de R$ 5,3 milhões, através de ações judiciais, Hugo Costa está com seus direitos políticos cassados. Quando deixou a Prefeitura Municipal de Felipe Guerra em 2004, o ex-prefeito Hugo Costa elegeu Brás Costa para sucedê-lo no cargo.
Os desvios continuam e ainda com mais força com o mesmo grupo político no poder. No caso de Brás Costa, que ficou na Prefeitura de janeiro de 2005 a novembro de 2012, os desvios chegam a uma quantia que supera os dois dígitos em milhões e que a Justiça já foi acionado.
Brás Costa e outras duas dezenas de aliados já respondem 97 processos por desvios e outros crimes igualmente graves. Inclusive já esteve preso por estes crimes sucessivos e altamente danosos as finanças, a administração e ao próprio município de Felipe Guerra.
Em função deste e tantos outros desvios de recursos públicos, Brás Costa passou um tempo preso na Centro de Detenção Provisório de Apodi. Após ter sido liberado em 2015, voltou ao cenário político junto com seu companheiro Hugo Costa como liderança política.
O prefeito Haroldo Ferreira disse que quando assumiu a prefeitura em 2013, encontrou um cenário desolador em todos os setores da administração. Não havia nada contábil, nada de saúde, educação ou qualquer outro seguimento. O município estava estagnado.
Há poucos dias, em entrevista ao MOSSORÓ HOJE, Haroldo Ferreira disse: "eles tinha Felipe Guerra como um curral". E que já havia organizado toda a parte administrativa, tinha obras em andamento em todos bairros do município e se dava ao luxo de ter em caixa uma soma de R$ 2 milhões para eventualidades.