29 MAR 2024 | ATUALIZADO 18:35
VARIEDADES
Da redação
20/02/2016 08:32
Atualizado
13/12/2018 06:40

Comida de rua: opção barata, mas que pode trazer riscos à saúde

Em Mossoró, muitos empresários viram a possibilidade de empreender e expandir seus negócios ou abrir um primeiro restaurante num modelo diferente.

Vendedor de comida de rua é uma das profissões mais populares no Brasil, sendo fonte de renda de muitas famílias. Embora seja atividade antiga, os modelos de venda de comida de rua começaram a inovar com a modalidade de comércio em Food Truck.

Esse novo estilo de venda pode ser definido como uma cozinha móvel, de dimensões pequenas, sobre rodas que transporta e vende alimentos, de forma itinerante.

Em Mossoró, muitos empresários viram a possibilidade de empreender e expandir seus negócios ou abrir um primeiro restaurante num modelo diferente, com contato direto com o público, de baixo custo, sem a necessidade de adquirir ponto comercial ou outros encargos.

Mas os nutricionistas alertam sobre a pressa do dia a dia que leva a hábitos alimentares que podem colocar em risco a saúde. Ao comer em barracas na rua é preciso ter em mente os cuidados da preparação e manipulação daquilo que vai parar direto no estômago. O MOSSORÓ HOJE ouviu, sobre o tema, comerciantes, população e especialistas.

O comerciante Francisco de Assis Batista é um dos que adotaram a rua como profissão para venda de comida. Atuando há cerca de quatro anos, ele percorre vários pontos da cidade com o seu carrinho adaptado para venda de cachorro quente. Ele afirma que toma todas as precauções em relação à higiene dos seus produtos.

“Temos um cuidado especial na preparação do alimento, e a questão da higiene é uma das prioridades. Eu e minha mulher tomamos muito cuidado durante o preparo, desde a compra no supermercado até a entrega para o cliente. Durante todo esse período, pelo menos até agora, ninguém nunca reclamou da nossa comida”, afirmou ele.

O motorista Flávio Henrique diz que é um apaixonado por comida de rua. Após se divorciar do seu segundo casamento, passou a adotar um tipo de alimentação diferenciada e que não ocupe muito seu tempo com tarefas diárias durante a noite.

“Chego cansado do trabalho e a primeira coisa que vou comer a noite é um sanduíche. Tenho essa rotina há muito tempo e até gosto, pois é um tipo de alimento rápido e barato. Nesse tempo todo, nunca passei mal ou tive algum problema”, disse o motorista.

Para garantir que a comida servida na rua siga os critérios de higiene adequados, a Vigilância Sanitária de Mossoró ressalta que está atenta em relação à fiscalização desses estabelecimentos.

A gerente de Vigilância à Saúde, Geizarelle Soares, explica que todo e qualquer estabelecimento que manipula, prepara, fraciona, transporta, armazena e expõe a venda ou faz entrega de alimentos são fiscalizados pelo órgão.

“O dono do estabelecimento deve comparecer à sede da vigilância sanitária anualmente para renovar o alvará ou solicitar o mesmo. A fiscalização é realizada rotineiramente ou por meio de denúncias. Caso haja irregularidades, é lavrado auto de infração com prazos determinados para sanar as pendências. Durante esse trabalho, realizamos ações de promoção da saúde e prevenção de agravos com orientações aos estabelecimentos e aos consumidores”, explicou Geizarelle.

Nutricionista afirma que manter uma alimentação equilibrada é essencial para o bom funcionamento do organismo


Segundo a nutricionista Renata Santos, manter uma alimentação equilibrada é essencial para garantir o bom funcionamento do organismo e o bom humor. Ela faz um alerta para os problemas de se alimentar na rua.

A procedência desses alimentos que são vendidos, a questão da higiene, a validade, forma de conservação e até mesmo se quem está manipulando esses alimentos está tendo todo o cuidado possível com os mesmos e com a higiene pessoal, são algumas das situações em que o cliente deve ficar em alerta para evitar problemas de saúde.

“Quando se fala em alimentação nas ruas, o maior cuidado que devemos ter é com a procedência do alimento, bem como sua conservação. Muitas vezes o alimento pode estar estragado e o cliente não sabe. Isso é ainda mais comum com alimentos frios, que acumulam mais água. Por exemplo, a salada de frutas. Muitos acabam nem comendo, apesar de ser mais saudável, por medo de adquirir uma intoxicação alimentar”, explicou a nutricionista.

Apesar de ser uma refeição de barata e de fácil preparação, os “fast-foods” não precisam ser uma bomba de calorias. É possível fazer algumas trocas saudáveis sem pesar na balança. “O ideal é que a gente tente buscar alimentos mais saudáveis, evitando frituras como coxinha, refrigerantes, sorvete, e ao mesmo tempo se dar conta que temos o direito de perguntar a validade de tal alimento suspeito, como uma salada ou sanduíche natural”, explica Renata.

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