24 NOV 2024 | ATUALIZADO 11:42
ESTADO
Por Josemário Alves
23/02/2016 07:32
Atualizado
13/12/2018 20:02

Obras do Perímetro Irrigado do Apodi estão paralisadas há um ano

Projeto tinha previsão de conclusão em 18 meses e serviria para irrigar mais de 9 mil hectares na região, mas até o momento apenas 30% dos serviços foram executados.
Josemário Alves / MH

Iniciadas em agosto de 2013, com previsão de serem concluídas em até 18 meses, as obras do Perímetro Irrigado da Chapada do Apodi estão paralisadas há quase um ano. O projeto estava sendo executado com verba dos governos Federal e Estadual e tinha como finalidade irrigar mais de 9 mil hectares para a implantação de multinacionais produtoras de frutas.

Para muitos, a obra é o trampolim de desenvolvimento do município, devido à geração de emprego e injeção econômica. Para outros, nem tanto. Sindicalistas rurais e agricultores familiares afirmam que, devido ao grande uso de agrotóxicos pelas empresas que se instalarão no perímetro, o solo e a água serão afetados e a população local sofrerá as consequências.

Mobilizações e protestos foram feitos, a fim de conscientizar a população sobre os efeitos do “Projeto da Morte”, como foi denominada a obra, mas sem grandes sucessos. Autoridades políticas afirmavam que o projeto traria bons resultados, não só para Apodi, como para toda a região.

“O projeto vai trazer algumas coisas que a gente não gostaria que ele trouxesse, mas vai trazer muito mais coisas boas, não tenho dúvidas”, informou o vereador Evangelista Filho, na época.

O Perímetro Irrigado propõe levar água da barragem de Santa Cruz até a região da Chapada, através de uma estação elevatória construída no leito do rio. A água seguirá por canais até a área a ser irrigada para a produção de frutas.

Contudo, nos quase dois anos de andamento, somente cerca de 30% do projeto foi concluído e, atualmente, está abandonado. Segundo o Governo Federal, o montante total previsto para ser investido supera os R$ 145 milhões.

A equipe do Jornal Mossoró tentou contato com o Departamento Nacional de Obras contra a Seca (DNOCS) para obter informações sobre a paralisação da obra e previsão de retorno dos serviços, mas até o fechamento da reportagem não obteve sucesso.

(Foto: Josemário Alves/MH)

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