08 MAI 2024 | ATUALIZADO 18:45
ESPORTE
Cezar Alves
02/03/2016 07:50
Atualizado
14/12/2018 01:52

Atacante diz que foi vítima de covardia da presidência do Potiguar

Presidente do Potiguar diz que deu toda a estrutura para o atacante entrar em forma e que não o contratou porque não se sentiu ?convencido?, apesar dos apelos da comissão técnica
Marcelo Dias

O atacante João Batista de Lima Gomes foi desligado do plantel do Potiguar sexta-feira, 26, da semana passada, após quase dois meses treinando no clube sem receber salário. “Uma covardia grande dessa e perda do meu tempo, sem falar no baque financeiro. Teve um custo alto dentro de casa para me manter”, denuncia o jogador.

Em contato com o MOSSORÓ HOJE, o presidente do Potiguar, Benjamim Machado, disse que não se sentiu convencido para contratar o atacante mossoroense, de 30 anos, com passagens pelo São Gonçalo/RN, Al Hilal da Arábia Saudita, Ponte Preta/SP, Frigurbuense/RJ, Estrela Amadora/Por, Wacker Innsbruck/AUS, Potiguar/RN, Al Jazira Al Hamra dos Emirados Arabes e Unidos e Bahrain Club do Bahein, apesar dos apelos sucessivos da comissão técnica.

Sobre os apelos da comissão técnica, Benjamim Machado confirmou e explicou. Disse que não trabalha sob pressão de ninguém. Que realmente se sentiu pressionado pela comissão técnica do clube para legalizar e contratar o jogador, mas não o fez porque não se sentiu convencido. “Se o jogador tivesse conversado comigo, talvez eu tivesse contratado ele”, disse.

Em entrevista à mídia mossoroense, o treinador Bira Lopes confirmou que realmente recomendou a contratação do atacante João Batista, elogiando o desempenho do atleta na recuperação da forma física e principalmente dentro de campo nos treinamentos. Para Bira Lopes, João Batista, que chegou a ser anunciado como novo atacante do clube, seria peça muito importante no ataque do Potiguar.

João Batista disse que estava parado havia cerca de dois anos devido a cirurgias que fez no joelho. Se recuperou totalmente e recebeu o convite da comissão técnica do Potiguar, no caso Edinho Cardoso e Neto Juremal (preparador físico e diretor técnico, respectivamente do Potiguar), para treinar com o elenco. O presidente do clube confirmou esta versão e disse que na época já alertou que não seria um contrato e sim para entrar em forma e depois talvez o contrato.

As previsões de Edinho Cardoso e Neto Juremal se concretizaram quanto ao atleta entrar em forma para jogar. João Batista ganhou forma física para atuar e afinou sua presença na grande área, conquistando a atenção do treinador pela forma que finaliza, o chute forte e principalmente pela precisão na assistência de outros atacantes chegando a grande área.

O meia Jocycley também elogia a postura do atacante João Batista dentro e fora de campo, assim como o zagueiro Anselmo, que é o capitão da equipe. “Eu tenho uma ótima convivência com todos os jogadores do Potiguar. Treinamos forte, buscamos a forma física, aguardamos a contratação, que foi pedida pela comissão técnica, mas foi negada pelo presidente”, destaca.

A colocação do jogador João Batista também foi confirmada pelo presidente Benjamim Machado. Porém ele faz algumas observações. “Ele teve material, orientação profissional, transporte, tudo que precisou para recuperar sua forma física. Precisava somente entrar em ritmo de jogo. Também trouxemos do exterior a transferência dele e o que ganho é isto aí, ser taxado de um ser que não é gente”, lamenta Benjamim Machado.

A declaração de Benjamim Machado é uma resposta a fala do atacante, que disse que passou quase dois meses trabalhando forte, sem que a presidência do clube tenha dito qualquer coisa com relação a sua contratação. “Poderia ter ido para outro clube, atendendo propostas que recebi, mas optei em ficar perto de minha filha, minha mulher e meus pais, dos meus amigos torcendo por mim no Potiguar. Ele fez eu perder dois meses. Isto não é coisa de gente”, diz.

Tão logo foi desligado do Potiguar, outros clubes do Rio Grande do Norte e estados vizinhos fizeram contato querendo o atacante João Batista. “Cézar Alves, me sinto arrasado, pois sempre tive valor onde eu passei e aqui na minha própria casa (Mossoró) fui desvalorizado e humilhado. Fiquei muito triste com a covardia que fizeram todo esse tempo como te falei. Perdi tempo, tive esperanças, mais tiraram isso de mim”, conclui o jogador, que está sendo procurado inclusive pela diretoria do Baraúnas, rival do Potiguar.

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