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ESTADO
Da redação
02/03/2016 09:09
Atualizado
14/12/2018 04:34

MP denuncia médico por falsidade ideológica em Felipe Guerra

MP apontou que Victor Hugo usou documentos falsos expedido pelo ex-prefeito Braz Costa, em 2011, para pegar empréstimo consignado de R$ 15 mil reias no Banco do Brasil de Apodi
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O Ministério Público Estadual ingressou com mais uma denúncia grave na Comarca de Apodi contra o ex-prefeito de Felipe Guerra, Braz Costa Neto. Desta vez por falsidade ideológica e uso de documento falso para obter empréstimo consignado de R$ 15 mil no Banco do Brasil de Apodi.

O beneficiado deste empréstimo consignado, conforme a peça do Ministério Público Estadual, é o atual pré-candidato a prefeito do município, médico Victor Hugo do Nascimento Costa, de 26 anos (foto acima), que é filho do ex prefeito de Felipe Guerra (3 vezes), Hugo Costa da Silva.

O crime foi descoberto pelo promotor de Justiça Silvio Ricardo Gonçalves de Andrade Brito no dia 22 de setembro de 2014, ao analisar a documentação apresentada pelo atual prefeito do município Haroldo Ferreira e pelo chefe de recursos humanos, Antônio Heronildes Leite.

Um procedimento de investigação foi instaurado no MP, que veio a confirmar, mediante quebra de sigilo bancário e fiscal de Victor Hugo do Nascimento Costa, a documentação arrolada no processo e depoimento do próprio Victor Hugo, os crimes de falsidade ideológica e uso de documentos falsos.

Na apuração dos fatos, o Promotoria de Justiça interrogou Victor Hugo, que afirmou na ocasião que trabalhava na Prefeitura de Felipe Guerra no período de 2011, no cargo de chefe de Gabinete, com salário de R$ 1.478,62. O MP descobriu que esta informação é falsa.

Na verdade, quem exercia o cargo de chefe de Gabinete nesta época era Hugo Costa da Silva, pai de Victor Hugo. Os promotores analisando os documentos constataram que Victor Hugo, no período que afirmou falsamente aos promotores que ocupava a chefia de Gabinete, tinha um cargo de comissão chamado Fiscal de Postura, ganhando R$ 501,40.

Ainda conforme o Ministério Público Estadual, o que o prefeito Braz Costa Neto e Victor Hugo fizeram foi falsificar contracheques e outros documentos públicos (para ter um salário mais alto e fazer um empréstimo maior) para enganar os servidores do Banco do Brasil de Apodi.

Com os documentos falsos, Victor Hugo conseguiu pegar emprestado no Banco do Brasil o valor de R$ 15.174,31, tendo retirado do banco o valor de R$ 14.800,00, para ser pago com desconto na folha de pagamento da Prefeitura de Felipe Guerra, o que terminou acontecendo.

Diante da farta documentação, restou a juíza Kátia Cristina Guedes Dias aceitar a ação movida pelo Ministério Público Estadual, determinando que fosse expedido ofício às partes para que iniciasse a tramitação do processo na Comarca de Apodi.

Outro lado

As explicações de Victor Hugo para as graves acusações foram prestadas por escrito ao Ministério Público Estadual. Na ocasião, Victor Hugo, que na época que diz ser funcionário da Prefeitura, cursava medicina e não era visto no município de Felipe Guerra.

Segue.

Processos

O ex prefeito Brás Costa Neto (2005 a 2011 – foi afastado por corrupção) responde a mais de 90 processos na Justiça por desvios de recursos públicos e outros crimes. Inclusive, por desrespeitar decisões judiciais, esteve um tempo preso no CPD de Apodi, tendo sido liberado após reclamar de questões de saúde.

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 AQUI. AQUI e AQUI.

O aliado político dele, Hugo Costa, que é pai de Victor Costa, também responde a processos por desvios de recursos públicos durante o período de três mandatos que esteve na Prefeitura de Felipe Guerra. Ao todo, o ex gestor está condenado (transitado em julgado) a devolver mais de 5 milhões aos cofres públicos da Prefeitura de Felipe Guerra.

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Em recente entrevista publicada pelo Portal Mossoro hoje, o prefeito Haroldo Ferreira disse que os ex-gestores afundaram o município, tendo praticado inúmeros crimes prejudicando diretamente a população mais carente. Para o atual prefeito, Hugo Costa e Brás Costa trataram Felipe Guerra como um curral. 

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