16 MAI 2024 | ATUALIZADO 08:11
POLÍTICA
Da redação
17/03/2016 19:39
Atualizado
12/12/2018 16:26

Lula divulga carta aberta onde cobra firmeza do Poder Judiciário

Ex-presidente fez divulgação em sua página pessoal no Facebook, falando sobre os acontecimentos envolvendo a sua nomeação no Ministério da Casa Civil.
Cedida: Instituto Lula

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva divulgou, na noite desta quinta-feira (17), em sua página pessoal no Facebook, uma carta aberta onde fala sobre os acontecimentos envolvendo a sua nomeação no Ministério da Casa Civil e as investigações da Operação Lava-Jato. Na carta, Lula cobrou firmeza do Poder Judiciário e diz acreditar nas instituições democráticas.

Lula também considerou como uma afronta as escutas telefônicas envolvendo ele e a presidente Dilma Rousseff, autorizadas pelo juiz Sérgio Moro .

Confira a integra:

Carta aberta do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva

Creio nas instituições democráticas, na relação independente e harmônica entre os Poderes da República, conforme estabelecido na Constituição Federal.

Dos membros do Poder Judiciário espero, como todos os brasileiros, isenção e firmeza para distribuir a Justiça e garantir o cumprimento da lei  e o respeito inarredável ao estado de direito.

Creio também nos critérios da impessoalidade, imparcialidade e equilíbrio que norteiam os magistrados incumbidos desta nobre missão.

Por acreditar nas instituições e nas pessoas que as encarnam, recorri ao Supremo Tribunal Federal sempre que necessário, especialmente nestas últimas semanas, para garantir direitos e prerrogativas que não me  alcançam exclusivamente, mas a cada cidadão e a toda a sociedade.

Nos oito anos em que exerci a presidência da República, por decisão soberana do povo – fonte primeira e insubstituível do exercício do poder nas democracias – tive oportunidade de demonstrar apreço e respeito pelo Judiciário.

Não o fiz apenas por palavras, mas mantendo uma relação cotidiana de respeito, diálogo e cooperação; na prática, que é o critério mais justo da verdade.

Em meu governo, quando o Supremo Tribunal Federal considerou-se afrontado pela suspeita de que seu então presidente teria sido vítima de escuta telefônica, não me perdi em considerações sobre a origem ou a veracidade das evidências apresentadas.

Naquela ocasião, apresentei de pleno a resposta que me pareceu adequada para preservar a dignidade da Suprema Corte, e para que as suspeitas fossem livremente investigada se se chegasse, assim, à verdade dos fatos.

Agi daquela forma não apenas porque teriam sido expostas a intimidade e as opiniões dos interlocutores.

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