A Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN) negou o terceiro pedido de Habeas Corpus movido pela defesa de Gutson Johnson Giovany Reinaldo Bezerra, preso no dia 02 de setembro de 2015 suspeito de desviar mais de R$ 19 milhões do Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (IDEMA).
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A defesa apontou um suposto constrangimento ilegal, que estaria sendo imposto ao réu. Contudo, os desembargadores apreciaram e não aceitaram os argumentos da defesa.
Gutson Johnson, ex-diretor administrativo do IDEMA continua preso.
O esquema milionário dentro do IDEMA tornou-se público em setembro, quando foi deflagrada a operação Candeeiro pelo Ministério Público.
Na época, 26 promotores de Justiça e cerca de 100 Policiais nas cidades de Natal, Parnamirim, Santana do Matos e Mossoró, para cumprimento de 05 mandados de prisão temporária, 10 mandados de condução coercitiva e 27 mandados de busca e apreensão.
O MP denunciou 15 pessoas envolvidas nos desvios. Dentre os crimes estão peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Segundo apurado, os valores desviados dos cofres do IDEMA em favor de empresas, pertencentes aos investigados – com as quais o próprio órgão atualmente não reconhece qualquer espécie de contratação – contabilizam o montante de R$ 19.321.726,13, mais da metade advindos de conta oculta, aberta em março de 2013.