A balança comercial brasileira registrou em março um superávit de US$ 4,435 bilhões, valor quase dez vezes superior ao resultado positivo de US$ 460 milhões registrado no mesmo mês do ano passado. Trata-se do melhor março da série histórica, iniciada em 1989.
O número é resultado de importação de US$ 11,559 bilhões no mês (redução de 30% em relação ao mesmo período de um ano antes, considerando a média diária) e de uma exportação de R$ 15,994 bilhões (retração de 5,8%, considerando também a média diária).
No acumulado do ano, o saldo comercial alcança R$ 8,398 bilhões (um ano antes, havia déficit de US$ 5,549 bilhões), resultado de exportações de US$ 40,585 bilhões (queda de 5,1%, considerando a média diária) e importações de US$ 32,186 bilhões (redução de 33,4%, também considerando a média diária).
O superávit no primeiro trimestre é o melhor para o período desde 2007.
Na ultima semana do mês passado, o saldo comercial foi positivo em US$ 784 milhões, resultado de exportações de US$ 2,840 bilhões e importações de US$ 2,057 bilhões.
Março em detalhes
Em março, as importações caíram em todas as categorias, com destaque para combustíveis e lubrificantes, com queda de 40,8% ante igual mês do ano passado, principalmente em função de preços menores de gás natural, carvão, petróleo em bruto e óleos combustíveis.
Também mostraram recuo os bens de consumo (-31%), bens intermediários (-28,3%) e bens de capital (-26,8%).
Entre janeiro e março, houve queda das importações em combustíveis e lubrificantes (-52,4%), bens intermediários (-32%), bens de capital (-27%) e bens de consumo (-26,9%), segundo o ministério.
No lado das exportações, os produtos básicos, que têm maior peso na balança, registraram queda de 1,8% no mês passado sobre março de 2015. Enquanto isso, os produtos manufaturados caíram 5,6% e os semimanufaturados amargaram retração de 14,1%.
No trimestre, comparado com igual período de 2015, a queda nas exportações ocorreu com mais força em semimanufaturados (-8,5%), básicos (-5,4%) e manufaturados (-1,9).