04 MAI 2024 | ATUALIZADO 10:43
POLÍTICA
Da redação
04/04/2016 07:56
Atualizado
12/12/2018 11:05

Levantamento mostra ligação de políticos brasileiros com offshores

Partidos como PDT, PMDB, PP, PSB, PSD, PSDB e PTB possuem políticos envolvidos com empresas em paraísos fiscais. Alguns negaram o caso, outros optaram pelo silêncio
Reprodução/UOL

Arquivos da Mossack Fonseca mostram que o escritório criou ou vendeu empresas offshore para políticicos e seus familiares. Há ligações com PDT, PMDB, PSB, PP, PSD, PSDB e PTB. A informação foi publicada pelo jornalista Fernando Rodrigues, da UOL, nesta segunda-feira (04). 

De acordo com a reportagem, aparecem vinculados a empresas offshores o deputado federal Cardoso Jr. (PMDB-MG) e o pai dele, o ex-governador de Minas Gerais Newton Cardoso; o ex-ministro da Fazenda Delfim Netto; os ex-deputados João Lyra (PSD-AL) e Vadão Gomes (PP-SP) e o ex-senador e presidente do PSDB Sérgio Guerra, morto em 2014.

Há também alguns parentes de políticos que tiveram offshores registradas. Como é o caso de Gabriel Nascimento Lacerda, filho do prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda (PSB), e de Luciano Lobão, filho do senador Edison Lobão (PMDB-MA).

Procurados pela imprensa, os que responderam ao questionamento negaram qualquer irregularidades. Alguns não quiseram comentar o caso.

Newton Cardoso (PMDB-MG), disse ter recebido com "surpresa" as informações. Ele negou a existência de qualquer empresa offshore. Por outro lado, Gabriel Lacerda, filho do prefeito de Belo Horizonte, não enviou resposta.

Algumas das offshores foram utilizadas pelos políticos e seus parentes para comprar bens e imóveis no exterior. Outras serviram para movimentar contas bancárias em países como a Suíça. 

LEI

A Leia brasileira permite a qualquer cidadão ter uma empresa em um paraíso fiscal. É necessário, porém, que a operação esteja registrada no Imposto de Renda do proprietário.

Quando há envio de recursos para o exterior é também obrigatório informar ao Banco Central sobre a operação, em casos que superem determinado valor.

A documentação usada na reportagem foi obtida pelo ICIJ (Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos), organização sem fins lucrativos e com sede em Washington, nos EUA. O material está sendo investigado há cerca de 1 ano para a preparação da série Panama Papers. Participam dessa investigação com exclusividade no Brasil o UOL, o jornal “O Estado de S.Paulo” e a Rede TV!.

As informações são originais, da base de dados da Mossack Fonseca. Os dados foram obtidos pelo jornal alemão Süddeutsche Zeitung e compartilhados com o ICIJ.

Com informações Site UOL/Blog Fernando Rodrigues

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