26 ABR 2024 | ATUALIZADO 18:29
MOSSORÓ
Da redação
14/04/2015 13:42
Atualizado
13/12/2018 07:04

?O sonho do meu filho era ser engenheiro?, diz mãe de Gabriel

Casal Solon Pinto e Carla Lopes pediu ajuda ao advogado Ocivaldo de Sá Leitão, membro da Comissão de Direitos Humanos da OAB Mossoró.
Cézar Alves

A família do jovem comerciário Gabriel Lopes Mesquita, de 18 anos, que foi assassinado a tiros na praça Bento Praxedes, no centro de Mossoró, no dia 5 passado, procurou ao meio dia desta terça-feira, 14, ajuda da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Mossoró.

O pai Solon Pinto de Mesquita Neto e a mãe Carla Lopes de Mesquita pediram aos advogados apoio para cobrar das autoridades policiais e do Ministério Público Estadual investigação rigorosa para que a morte do filho não fique impune. "Nós queremos justiça", diz o casal.

Carla Andreia, que trabalha como orientadora do Centro Braileiro de Cursos, disse que o filho nunca se envolveu com qualquer atitude ilícita. A mãe afirma que o filho trabalhava segunda, terça e quarta como vendedor na loja Renner, onde é considerado um servidor exemplar.

Na loja Renner, Gabriel fazia parte do programa Jovem Aprendiz, trabalhando três dias na semana e fazendo curso nos outros dois no Senac/Sesc. “O sonho do meu filho era ser engenheiro”, diz Carla Andréia.

Solon Mesquita disse que o filho Gabriel ao contrário do que foi divulgado nas redes sociais nunca foi preso armado ou na companhia de pessoas armadas e não sabe de onde surgiu esse boato.

O casal disse que passou o domingo que antecedeu o crime na praia de Tibau junto com o filho e a namorada do mesmo, chamada Letícia Couto. Às 15h30 os casais retornaram para Mossoró.

Na noite do crime, Carla e Solon foram para a igreja evangélica da Abolição III, enquanto o filho e a namorada ficaram em casa.

“Estava tudo certo para eles dois também irem para a igreja com a gente, não sei como ele foi terminar na praça (choro), eu liguei para o celular dele de 8 horas para chamar para jantar e ninguém atendeu, liguei de novo e Letícia atendeu dizendo que meu filho tinha sido assassinado”, diz Solon Pinto.

Com a ajuda do pastor, o casal se dirigiu ao local do crime na praça Bento Praxedes, no Centro de Mossoró.

“Quando eu vi o pastor chorando percebi que tinha perdido meu filho, era ele que estava morto. Ele era um sonhador, cuidava de casa, fazia o almoço, era um bom menino”, diz a mãe de Gabriel.

Em contato com MOSSORO HOJE, o advogado Ocivaldo De Sá Leitão, afirmou que a comissão de direitos humanos atendeu o pedido e vai acompanhar cada passo da investigação.

“Na tarde desta terça-feira, 14, a delegada Liana Aragão, da Delegacia de Homicídios, vai ouvir o depoimento de Letícia Couto, namorada da vítima, com base nesse depoimento e de outras pessoas que já foram ouvidas esperamos que a polícia chegue aos nomes dos quatro assassinos”, diz o Ocivaldo.

 O crime

Gabriel e Letícia estavam namorando no banco da praça Bento Praxedes, perto da loja O Barbosinha, no Centro de Mossoró, quando chegaram quatro rapazes perguntando se ele era Gabriel e se sabiam quem eles eram.

A vítima teria dito que não sabia e o atirador disse que não ia ficar sabendo e abriu fogo.

Paralelo à isto, dois suspeitos seguraram Letícia Couto, mantendo-a afastada de Gabriel, enquanto os outros atiraram.

Após o crime, os quatro suspeitos fugiram pelo beco da loja O Barbosinha.

A Delegacia de Homicídios tem 30 dias para a concluir as investigações e indiciar ou não suspeitos.


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