03 MAI 2024 | ATUALIZADO 08:31
POLÍTICA
Da redação
15/04/2016 20:58
Atualizado
12/12/2018 11:46

Desistência de embargos no TSE indica acordo entre Sandra e Rosalba

Adversárias há quase 30 anos poderão estar unidas nas eleições de 2016. Grupo da ex-deputada desistiu de questionar decisão que inocentou Rosalba no Tribunal Superior Eleitoral
Reprodução/Redes Sociais

O acordo entre as primas e adversárias há quase três décadas, Sandra Rosado e Rosalba Ciarlini, parece estar definitivamente selado, objetivando a busca pelo comando da Prefeitura de Mossoró. O grupo da ex-deputada federal desistiu dos embargos de declaração que havia impetrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), questionando a decisão que inocentou a ex-governadora Rosalba quanto a processos da campanha de 2012.

A retirada dos embargos, já homologada pelo TSE, em publicação do último dia 14, assinada pela ministra Luciano Lóssio, indica que Sandra e Rosalba devem marchar unidas no pleito de 2016, uma vez que os questionamentos do grupo da ex-deputada no Tribunal eram apontados como um dos principais entraves para a entrada de Rosalba na disputa pelo Poder Executivo municipal.

O advogado Marcos Araújo, autor dos embargos, informou ao MOSSORÓ HOJE que não foi consultado quanto à decisão tomada pelo grupo que teve Larissa Rosado como candidata à Prefeitura em 2012. “Alguém da Coligação constituiu um novo advogado e pediu desistência em nome da Coligação. Um procedimento irregular, mas fizeram. Não fui consultado”, afirmou.

Ainda conforme Marcos Araújo, a desistência contraria a própria Coligação. “Presumo, pelo pedido de desistência, por outro advogado, que a Coligação não tinha interesse político na cassação de Rosalba. É o mundo da política. Não é o mundo do direito”, enfatizou o causídico.

Entenda o caso

Marcos Araújo havia ingressado no último dia 14 de março com embargos de declaração junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) questionando o fato da Corte devolver a elegibilidade à ex-governadora Rosalba Ciarlini, quando em processos julgados pelo próprio TSE a ex-gestora já havia sido condenada pela prática de abuso de poder político e econômico nas eleições de 2012.

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Segundo Araújo, os embargos de declaração tinham como objetivo fazer com que o TSE unificasse o seu posicionamento. “O caso de Rosalba é atípico. O TSE já havia decidido que o uso da aeronave era abuso de poder econômico e político, então o Tribunal, ai reconheça-se, com influência política, os órgãos judiciais às vezes se sujeitam a esse tipo de influência, puxou uma divergência inexplicável”, destacou ao MOSSORÓ HOJE.

Uso da aeronave

Durante a campanha eleitoral de 2012, as duas aeronaves do governo do Rio Grande do Norte fizeram 87 viagens a Mossoró, segundo relatório anexado ao processo analisado pelo Tribunal Regional Eleitoral do estado, que chegou a cassar, determinar o afastamento e a inelegibilidade da então governadora Rosalba Ciarlini, em dezembro de 2013.

Do total de 87 viagens realizadas para Mossoró, 25 delas ocorreram em feriados ou fins de semana. Segundo o Ministério Público, voos aconteceram sem que houvesse na agenda oficial da governadora qualquer informação sobre participação em atos administrativos.

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