27 ABR 2024 | ATUALIZADO 14:28
POLÍTICA
Da redação
25/04/2016 09:52
Atualizado
13/12/2018 14:01

Presidente do PT diz que Temer prepara medidas contra direitos sociais

Rui Falcão também voltou a dizer que não existem os indícios necessários para que Dilma Rousseff seja processada por crime de responsabilidade.
Agência Brasil

O presidente nacional do PT, Rui Falcão, afirmou hoje (25) que o vice-presidente Michel Temer prepara plano contra os direitos civis e sociais, caso assuma a Presidência da República.

“Traidor de sua colega de chapa, contra a qual conspira abertamente, Temer já anunciou um programa antipopular, de supressão de direitos civis e sociais, de privatizações e de entrega do patrimônio nacional a grupos estrangeiros”, disse em discurso durante seminário promovido pela Aliança Progressista, uma rede internacional de partidos e organizações de esquerda.

Falcão classificou o processo de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff de golpe de Estado. “Mas o fato é que vivemos um novo e indigno capítulo da nossa história: após 31 anos de vida democrática, um golpe de Estado busca depor a presidenta Dilma Rousseff, a primeira mulher a governar o Brasil e que foi reeleita em 2014 com mais de 54 milhões de votos”.

O presidente do PT voltou a dizer que não existem os indícios necessários para que Dilma Rousseff seja processada por crime de responsabilidade. “Ocorre que a lei maior brasileira exige, para que o impedimento se processe, a existência de crime de responsabilidade cometido pela presidenta. Como todos sabem, porém, a presidenta Dilma não cometeu crime algum”, acrescentou.

Falcão criticou ainda o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que classificou como "principal algoz" da presidenta. “Ao contrário de seu principal algoz, o presidente da Câmara dos Deputados, que conduziu a primeira fase do processo, o deputado Eduardo Cunha é réu no Supremo Tribunal Federal pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro, ocultação de bens e evasão de divisas”, frisou.

Para o presidente do PT, o modo como as investigações contra corrupção estão sendo conduzidas mostram riscos às instituições democráticas. “Sucedem-se vazamentos ilegais e atropelos de garantias individuais a evidenciar que a nação está sendo sangrada pela construção de um regime de exceção e arbítrio, sob o comando de forças conservadoras cujo único objetivo é voltar ao governo a qualquer custo”.

Ao final, Falcão disse que o partido resistirá, caso a ação pelo impeachment de Dilma continue em curso, e pediu ajuda das organizações internacionais contra o processo. “Esperamos contar com a solidariedade dos democratas de todos os países para que este atentado à democracia não se consume. Juntos, poderemos resistir e derrotar as forças do ódio, da intolerância e do retrocesso”.

Temer

No último dia 22, Michel Temer disse que o Brasil não merece ser desqualificado com agressões à Vice-Presidência e que decidiu dar entrevistas à imprensa estrangeira após se sentir atacado por declarações da presidenta Dilma Rousseff. O peemedebista ocupou a Presidência, quando Dilma Rousseff viajou para os Estados Unidos na semana passada.

“Fui provocado para aquelas entrevistas, achei que deveria dizer alguma coisa à imprensa internacional, já que houve manifestações [de Dilma] em relação à imprensa internacional, especialmente pretendendo desqualificar a minha posição. Aí não é a coisa do vice-presidente, é uma coisa do Brasil, acho que o Brasil não merece desqualificação por meio de eventuais agressões à Vice-Presidência”, disse Temer em entrevista na saída de seu gabinete, no anexo do Palácio do Planalto.

A jornais norte-americanos, Temer negou que esteja conspirando contra Dilma, disse que está preocupado com as declarações da presidenta sobre o Brasil no exterior, como se o país fosse uma “República menor” onde “ocorrem golpes”. Ao The New York Times, Temer disse ainda que passou quatro anos no “ostracismo absoluto”.

Com informações da Agência Brasil

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