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ECONOMIA
Da redação / Estadão / Valor
09/05/2016 12:02
Atualizado
13/12/2018 19:35

Mercado projeta melhoria no PIB brasileiro para 2016, diz relatório da Focus

Perspectiva de retração da atividade para este ano passou de 3,89% para 3,86%; mesmo com piora na projeção de inflação, mercado reduz estimativa para a Selic e espera juros a 13%
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O Relatório de Mercado Focus, divulgado na manhã desta segunda-feira (9) pelo Banco Central (BC), reavalia a situação do mercado financeiro brasileiro e, pela primeira vez desde outubro de 2014, melhorou as projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2016.

Segundo os analistas de mercado responsáveis pela elaboração do relatório, que é emitido trimestralmente pelo BC, a perspectiva de retração da atividade econômica para este ano passou de 3,89% para 3,86%. Uma revisão positiva do PIB não era feita há 81 edições do documento.

Essa nova análise pode indicar uma inversão na curva que mostra a retração no PIB brasileiro. Para 2017, a previsão de crescimento do PIB teve uma nova melhora. Há um mês, a expectativa era de uma alta de 0,30% e de acordo com o relatório atual, a soma de tudo que o Brasil vai produzir no próximo ano será de 0,50%.

Já a mediana das expectativas para a produção industrial de 2016 foi revisada de -5,83% na última semana para -5,95% - um mês antes estava em  -5,60%. Para 2017, passou de um crescimento de 0,50% para 0,74%. Há quatro semanas, estava em 0,69%.

Para o dólar, o mercado espera que a moeda americana chegue em 31 de dezembro comercializada a R$ 3,70, ante R$ 3,72 do levantamento da semana passada. Um mês antes, a mediana das previsões estava em R$ 4,00. Para o encerramento de 2017, a mediana das estimativas para o dólar ficou em R$ 3,90, ante R$ 3,91 da semana passada - estava R$ 4,10 há um mês.

Inflação e juros
Depois de oito semanas consecutivas em queda, a mediana das projeções para a inflação medida pelo IPCA de 2016 teve alta no Relatório de Mercado Focus. Agora, a taxa está em 7,00% ante 6,94% da semana passada, mas ainda abaixo dos 7,14% projetados quatro semanas atrás.

O foco do Banco Central para alcançar a meta de inflação de 4,5% não é mais 2016, mas sim 2017. No caso do ano que vem, a mediana caiu de 5,72% para 5,62%. Há quatro semanas estava em 5,95%.

No Top 5, grupo de analistas que mais acerta as projeções, o ponto central da pesquisa para 2016 registrou queda, passando de 7,05% para 6,92%. Há quatro semanas, essa mediana estava em 7,06%. Para 2017, o grupo revisou a perspectiva para o IPCA de 5,90% na última semana para 5,50%.

Há quatro edições atrás do boletim Focus, estava em 6,20%. No Relatório Trimestral de Inflação (RTI) divulgado em março, a estimativa do BC para o IPCA de 2016 estava em 6,6% no cenário de referência e 6,9% no cenário de mercado.

Mesmo com a piora na perspectiva de inflação para este ano, os analistas do mercado  esperam que a taxa básica de juros encerrará 2016 em 13,00% ao ano, contra 13,25% da semana passada - há quatro semanas, estava em 13,75%.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), o colegiado manteve a Selic inalterada em 14,25% a.a., em decisão unânime. Para o ano que vem, o mercado espera que a taxa Selic termine o ano em 11,75% ao ano, mesmo valor projetado na semana passada - há quatro documentos estava em 12,25%.

Entre os economistas que mais acertam as projeções para o rumo da taxa básica de juros, o grupo Top 5 no médio prazo, a estimativa para 2016 subiu de 13,38% a.a para 13,88% a.a.. Um mês atrás, a mediana das projeções estava em 13,75% a.a. Já para 2017, a previsão é que a taxa encerre o ano em 12,63% a.a., ante 12,25% a.a. do último documento - há quatro semanas estava em 12,25% a.a.

 

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