O vice-presidente Michel Temer (PMDB) definiu os principais tópicos do seu discurso de posse. Vai destacar a necessidade de um esforço para recuperar a economia, com corte de gastos do governo, além de pregar apoio à Operação Lava Jato e um fazer um apelo à pacificação do país.
A respeito do trabalho da Polícia Federal nas investigações do esquema de corrupção da Petrobras, ele vai sustentar que não haverá intervenção, uma vez que sempre foi um defensor da harmonia e independência das instituições.
Para isso, o vice-presidente ouvirá assessores e integrantes do núcleo político, como o senador Romero Jucá (PMDB-RR) e seu futuro ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha.
Temer quer um evento simples e que não se alongue. O peemedebista dará posse aos ministros e, em seguida, vai discursar por aproximadamente dez minutos.
Os aliados do vice estudam anunciar, também durante a cerimônia, três medidas provisórias a serem enviadas ao Congresso nos primeiros dias de governo. Ao menos uma delas terá como foco a área econômica e outra tratará de mudanças em ministérios.
Com a aprovação do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff no Senado, ela será afastada por 180 dias, e Temer ocupará a presidência da República.
A expectativa do peemedebista é assumir o gabinete presidencial do Palácio do Planalto por volta das 15h desta quinta-feira (12). Ele só entrará no prédio após uma equipe de seguranças fazer uma inspeção no local.
Ele não pretende subir a rampa principal do Palácio nem transformar sua chegada num ato simbólico. O plano é fazer um discurso e dar posse aos ministros já escolhidos.
Confira os novos ministros:
Ministério da Fazenda e Previdência Social: Henrique Meirelles
Planejamento, Desenvolvimento e Gestão: Romero Jucá
Ministério da Casa Civil: Eliseu Padilha
Secretaria de Governo: Geddel Vieira Lima
Gabinete de Segurança Institucional: Sérgio Etchegoyen
Secretária de Concessões e Infraestrutura: Moreira Franco
Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário: Osmar Terra
Ministério do Esporte: Leonardo Picciani
Ministério das Relações Exteriores: José Serra
Ministério das Cidades: Bruno Araújo
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento: Blairo Maggi
Ministério da Saúde: Ricardo Barros
Ministério da Educação e Cultura: Mendonça Filho
Ministério das Comunicações, Ciência e Tecnologia: Gilberto Kassab
Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil: Maurício Quintella Lessa
Ministério da Justiça e Cidadania: Alexandre de Moraes
Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior: Marcos Pereira
Ministério de Meio Ambiente: Sarney Filho
Ministério do Trabalho: Ronaldo Nogueira
Ministério do Turismo: Henrique Eduardo Alves
Ministério da Fiscalização, Transparência e Controle (ex-CGU): Fabiano Augusto
Advocacia-Geral da União (AGU): Fábio Osório Medina