A 2ª Vara Criminal da Comarca de Mossoró/RN bloqueou os bens da ex-governadora do Rio Grande do Norte, Rosalba Ciarlini Rosado, e de mais dezesseis pessoas, no valor aproximado de R$ 12 milhões, por dano ao erário decorrente de serviços superfaturados, serviços não prestados, por compra de equipamentos não instalados, uso de notas fiscais frias, além de outras formas de desvios apontados por auditoria do Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Norte, durante a contratação da Associação Marca para gerenciamento do Hospital da Mulher, no município de Mossoró.
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O bloqueio foi pedido pelo Ministério Público do Rio Grande do Norte, através das Promotorias de Defesa do Patrimônio Público em Mossoró, visando garantir o ressarcimento dos prejuízos causados pelo grupo e atinge os imóveis, veículos e valores existentes em contas bancárias.
Entre os que tiveram os bens bloqueados, além da governadora, estão o Procurador do Município de Natal, Alexandre Alves, o ex-secretário estadual de Saúde, Domício Arruda, a ex-secretária de saúde adjunta, Dorinha Burlamarqui, e o Chefe do Grupo Salute Vita, Tufi Soares Meres.
Todos os requeridos são réus na ação penal, em trâmite na Comarca de Mossoró, pela prática dos crimes de peculato, dispensa indevida de licitação, corrupção passiva e formação de quadrilha, cometidos no contexto da contratação da Associação Marca para administração do Hospital da Mulher em Mossoró.
Em nota, a ex-governadora se defendeu e disse que a autoria dos supostos desvios teria sido da empresa Marca e seus sócios ou auxiliares.
Veja nota completa:
É importante informar nesse processo que investiga a terceirização do hospital da mulher, que a autoria do suposto desvio de recursos não foi praticado pela ex-governadora Rosalba e sim pela empresa Marca e seus sócios ou auxiliares.
A ex-governadora, pelo contrário, foi a responsável pelo afastamento da empresa Marca, pois ordenou a auditoria vez que suspeitou de irregularidades, substituindo essa empresa e tomando todas as providências administrativas e legais, sempre com o conhecimento e homologação específica da Justiça.
A ex-governadora é inocente e assim não cometeu nenhum crime.
Aliás, em todos os processos que ela respondeu ao longo dos seus 28 anos de vida pública foi e será sempre inocentada.
É de muito se estranhar a divulgação dessa informação muito após o suposto bloqueio de bens e próximo ao período eleitoral, uma vez que o Poder Judiciário decretou *segredo de justiça nos autos em questão para não pré-julgar ou expor alguém à grave injustiça,* sem o devido exercício da livre defesa e do contraditório, garantias constitucionais absolutas.
A ex-governadora sequer foi citada pela Justiça.
Entretanto, por iniciativa própria, apresentará sua defesa imediatamente e está convicta de que sua inocência será reconhecida pelo Poder Judiciário.
A verdade sempre sobressairá pois, como todos sabemos, "quem não deve, não teme".
A ex-governadora está tranquila e de consciência limpa de que não cometeu nenhuma irregularidade - muito menos os injustos crimes pelos quais está sendo acusada - e mostrará isso na sua defesa ao poder judiciário.