15 MAI 2024 | ATUALIZADO 20:26
ECONOMIA
Da redação
20/05/2016 08:46
Atualizado
14/12/2018 07:22

Novo presidente da Petrobras afirma que não haverá indicações políticas

Segundo Pedro Parente, que já foi ministro na gestão de Fernando Henrique Cardoso, a proibição de indicações políticas vai facilitar sua própria vida e a dos demais executivos da empresa.
Agência Brasil

Novo presidente da Petrobras, o ex-ministro Pedro Parente, disse que não haverá indicações políticas na estatal. Em sua primeira entrevista após ser nomeado pelo presidente interino Michel Temer para o cargo, Parente disse ser "claro e taxativo" com relação ao assunto.

Elogiando a gestão atual de Aldemir Bendine à frente da empresa, o engenheiro disse que a decisão de aceitar o convite para o posto não foi um processo simples. Ele disse sentir a relevância e responsabilidade do cargo e que a determinação de Temer é que a empresa vai continuar e aperfeiçoar a sua governança para que seja "estritamente profissional".

"A relação do governo com a Petrobras é de acionista controlador. Portanto, o seu primeiro interesse é o sucesso da empresa. É assim que o presidente Michel Temer vê, é assim que eu também vejo e é assim que a gente vai trabalhar. Teremos uma visão absolutamente profissional, voltada aos interesses da empresa e dos acionistas", disse.

Segundo ele, a proibição de indicações políticas vai facilitar sua própria vida e a dos demais executivos da empresa. "Se for o caso, e não será, certamente elas [indicações] não serão aceitas. Isso foi um dos pontos que me fez decidir [aceitar o convite]", afirmou, depois de admitir que o "desafio" não estava em seus planos.

Pedro Parente informou que pode manter ou tirar os atuais executivos da estatal. "Isso é prerrogativa do presidente-executivo. Na Petrobras, os mecanismos de governança funcionarão como tem de funcionar em qualquer empresa de grande porte. Posso tanto indicar novos diretores quanto propor a saída. É um processo natural."

Antes de Parente responder a perguntas de jornalistas, o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, disse que, para assumir o cargo, Parente precisa ter o nome aprovado pelo Conselho de Administração da empresa.

O processo de transição será coordenado pelo conselho da estatal, mas Parente afirmou não ter agendado nenhuma conversa ainda.

"O presidente Michel Temer quando deu posse aos ministros disse que acabou o tempo onde quem tomava posse desconsiderava completamente o trabalho da gestão anterior. O [atual presidente, Aldemir] Bendine [tem trabalhado] com o conselho arduamente para endereçar questões e desafios. Isso vai ajudar a continuidade e os aperfeiçoamentos que sempre são naturais quando acontecem mudança de lideranças", acrescentou.

Com informações da Agência Brasil

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