28 ABR 2024 | ATUALIZADO 17:14
ECONOMIA
Agência Brasil
01/06/2016 07:04
Atualizado
14/12/2018 04:09

Economia brasileira tem retração de 0,3% no primeiro trimestre de 2016

Recuo seguiu queda de 1,3% nos três meses finais de 2015. No comparativo com janeiro a março daquele ano, PIB teve contração de 5,4%, segundo levantamento do IBGE
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O Produto Interno Bruto (PIB) – soma de todos os bens e serviços produzidos no país – fechou o primeiro trimestre do ano em queda de 0,3% na série sem ajuste sazonal. No ano passado, o PIB havia fechado em queda de 3,8%, a maior desde o início da série histórica, que começou em 1996.

Os dados relativos aos três primeiros meses da economia brasileira foram divulgados hoje (1º) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A queda do PIB no primeiro trimestre reflete retrações em todos os setores da economia, com destaque para Formação Bruta de Capital Fixo (investimento em bens de capital), com queda de 2,7%, na comparação com o trimestre anterior.

Em seguida vem a indústra com -1,2%, a agropecuária com -0,3 e serviços com queda de 0,2%. Por sua vez, o consumo das famílias fechou com retração de 1,7% e o do governo em 1,1%.



Oferta
No lado da oferta, a indústria teve retração de 1,2% no primeiro trimestre, na comparação com o período entre outubro e dezembro de 2015, resultado que veio melhor do que a média das expectativas apurada pelo Valor Data, de queda de 2,1%. Considerando o comparativo com o trimestre inicial de 2015, o PIB industrial cedeu 7,3%.

O setor de serviços teve contração de 0,2% de janeiro a março deste calendário. Já a agropecuária caiu 0,3%. Em relação ao primeiro trimestre do ano passado, houve decréscimo de 3,7% em ambos casos.

Demanda
Pelo lado da demanda, o consumo das famílias diminuiu 1,7% no primeiro trimestre deste ano, perante os três meses anteriores. A estimativa média do Valor Data era de retração de 1%. No confronto com os três primeiros meses de 2015, a baixa foi de 6,3%.

A demanda do governo subiu 1,1% de janeiro a março, no comparativo com o trimestre antecedente, ante expectativa de crescimento de 1%. Perante o mesmo intervalo de 2015, o IBGE apontou queda, de 1,4%.

Já a formação bruta de capital fixo (FBCF - que representa o investimento em máquinas, equipamentos, construção e pesquisa) cedeu 2,7% entre janeiro e março, ante outubro a dezembro de 2015. A expectativa era de queda de 3,7%. Ante o trimestre inicial do calendário anterior, o recuo foi de 17,5%.

Setor externo
No setor externo, as exportações aumentaram 6,5% enquanto as importações recuaram 5,6% no primeiro trimestre de 2016, sobre o último de 2015, feitos os ajustes sazonais.

A média apurada pelo Valor Data era de crescimento de 5,5% nas exportações e queda de 5,3% para as importações.

Taxa de investimento e necessidade de financiamento
A taxa de investimento ficou em 16,9% do PIB no primeiro trimestre deste ano.

O IBGE informou ainda que a economia brasileira encerrou o período com necessidade de financiamento de R$ 32,9 bilhões, contra R$ 72,8 bilhões em igual período do ano passado.

Revisões
No quarto trimestre de 2015, o PIB brasileiro caiu 1,3% em relação aos três meses antecedentes, em vez de 1,4% como informado inicialmente. No terceiro trimestre daquele mesmo exercício, a economia do país cedeu 1,6%, e não 1,7%.

De abril a junho de 2015, houve baixa de 2%, em lugar de 2,1%. Já na abertura daquele ano, o PIB encolheu 1,2%, queda mais marcada do que aquela divulgada originalmente, de 0,8%.

Notas

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