06 MAI 2024 | ATUALIZADO 15:03
POLÍTICA
Da redação
15/06/2016 12:38
Atualizado
12/12/2018 16:00

Machado afirma que Temer pediu R$ 1,5 mi para campanha de Chalita

"O contexto da conversa deixava claro que o que Michel Temer estava ajustando com o depoente [Machado] era que este solicitasse recursos ilícitos das empresas que tinham contratos", diz trecho da delação
Alexandre Moreira/ Brazil Photo Press

O ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, também relatou em sua delação premiada que o presidente em exercício, Michel Temer, pediu a ele que obtivesse doações oficiais para o ex-deputado federal Gabriel Chalita para a campanha a prefeito de São Paulo em 2012.

Em depoimento aos investigadores da Lava Jato, Machado narrou um encontro que teve com Temer em setembro daquele ano. Na ocasião, eles teriam acertado o valor de R$ 1,5 milhão para a campanha de Chalita, pagos, segundo ele, pela construtora Queiroz Galvão ao diretório do PMDB.

"O contexto da conversa deixava claro que o que Michel Temer estava ajustando com o depoente [Machado] era que este solicitasse recursos ilícitos das empresas que tinham contratos com a Transpetro na forma de doação oficial para a campanha de Chalita", diz trecho da delação.

Machado explicou que fez contato diretamente com os executivos da empreiteira Ricardo Queiroz Galvão e Idelfonso Colares. O valor, acrescentou, era oriundo do pagamento de vantagem indevida pela Queiroz Galvão  de contratos que ela possuía junto a Transpetro.

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Em conversa gravada com Sarney e revelada no fim de maio, Machado menciona o encontro com Temer, que segundo ele serviu para discutir contribuições à campanha do "menino", que para os investigadores era Gabriel Chalita.

Na ocasião, Temer negou que tenha pedido doação a Machado para Chalita. Ele disse também que não foi candidato nas eleições municipais de 2012 e não recebeu nenhuma contribuição. Michel Temer disse também que nunca se encontrou em lugar inapropriado com Sérgio Machado.

Sérgio Machado vai devolver R$ 75 milhões e cumprirá recolhimento domiciliar

No acordo de delação premiada homologado no Supremo Tribunal Federal Sérgio Machado se comprometeu em devolver R$ 75 milhões à Petrobras.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) acertou que Machado não poderá ser condenado a mais de 20 de anos nas ações criminais às quais deverá responder pelos desvios na estatal.

Além disso, o delator cumprirá pena em regime domiciliar, com monitoramento por tornozeleira eletrônica.

De acordo com os termos, divulgados hoje (15) após decisão do ministro Teori Zavascki, R$ 10 milhões deverão ser pagos 30 dias após a homologação, que ocorreu no mês passado, e R$ 65 milhões parcelados em 18 meses.

Por ter delatado os supostos repasses de recursos da Transpetro para políticos, Machado vai cumprir regime domiciliar diferenciado.

Com informações do G1 e da Agência Brasil

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