05 MAI 2024 | ATUALIZADO 10:43
POLÍTICA
Da redação
17/06/2016 13:26
Atualizado
12/12/2018 16:00

Ministro-chefe da Casa Civil cobra ?sinalização? de fim da Lava Jato

Eliseu Padilha defendeu que a força-tarefa da Operação tenha ?sensibilidade? para saber o momento de ?caminhar para uma definição final?
Agência Brasil

A declaração foi dada nessa quinta-feira (16), em encontro com empresários em São Paulo, um dia após a divulgação dos depoimentos do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, que envolve mais de 20 políticos, entre eles, o presidente interino Michel Temer (PMDB).

Segundo Padilha, a “sinalização” de que a Lava Jato avança para o seu encerramento é necessária para evitar “efeitos deletérios”. Ontem o governo Temer teve a sua terceira baixa ministerial em decorrência de revelações da operação que investiga o esquema de corrupção na Petrobras. Depois de Romero Jucá (Planejamento) e Fabiano Silveira (Transparência), nessa quinta foi a vez de Henrique Eduardo Alves (Turismo) entregar o cargo.

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“Tenho certeza de que os principais agentes da Lava Jato terão a sensibilidade para saber o momento em que eles deverão aprofundar ao extremo e também de eles caminharem rumo a uma definição final. Isso tem que ser sinalizado, porque vimos na Itália, onde não houve essa sinalização, e tiveram, depois do grande benefício que veio, efeitos deletérios que nós não podemos correr o risco aqui”, afirmou o ministro.

Críticos da Operação Mãos Limpas, que inspira o juiz Sérgio Moro na Lava Jato, alegam que as ações da polícia e da Justiça italiana contra políticos acusados de corrupção nos anos 90 abriram caminho para a extinção de grandes partidos, a ascensão do polêmico ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi e o enfraquecimento da legislação anticorrupção.

Padilha elogiou, porém, o trabalho da Lava Jato. “O Brasil será outro, aliás, já está sofrendo esse processo de transformação no que diz respeito ao exercício do poder político”, ressaltou. Após o encontro com os empresários, o ministro disse em entrevista a jornalistas que não estava cobrando o fim da operação.

“O que eu disse é que tenho certeza de que as autoridades da Lava Jato saberão o momento em que deverão pegar, aprofundar e apontar tudo que deve apontar e pensar em concluir. Eu vi e li o que aconteceu com a Operação Mãos Limpas na Itália. Todos eles conhecem tanto quanto eu. Temos que fazer com que tenhamos o melhor resultado possível”, afirmou Eliseu.

Com informações do Congresso em Foco

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