04 MAI 2024 | ATUALIZADO 10:43
ESTADO
Da redação
21/06/2016 13:36
Atualizado
12/12/2018 16:50

Em áudio, Ubarana diz que parte do dinheiro dos precatórios foi enterrado e cimentado

Nas gravações, feitas em 20 de maio de 2012, Carla e seu marido, George Leal, também combinaram a delação contra os ex-presidentes do TJRN, Osvaldo Cruz e Rafael Godeiro.
Cedida: PM/PE

Trechos de gravações divulgados pelo Ministério Público do RN relevam o destino de parte dos R$ 17 milhões desviados do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN), em esquema operado por Carla Ubarana, ex-chefe do setor de precatórios.

Nas gravações, feitas em 20 de maio de 2012, Carla e seu marido, George Leal, combinavam a delação contra os ex-presidentes do TJRN, Osvaldo Cruz e Rafael Godeiro, para escaparem da punição.

O caso ganhou reviravolta já que as gravações revelaram que os dois articularam a delação para acusarem Rafael Godeiro e Osvaldo Cruz de participarem do esquema.

Em um dos trechos, Carla cita que parte do dinheiro foi enviada para uma pessoa, citada apenas como "Andreia", e que esse dinheiro teria sido enterrado e cimentado.

"Foi tudo retirado à noite... "Andreia"... documentos, ninguém pode nem sonhar em ver abrir um buraco, todo cimentado. Homem! A polícia tá seguindo Andrea, seguindo mamãe para saber onde tem dinheiro onde não tem dinheiro", revelou Carla.

A mulher citada é a irmã de Carla, Andrea de Paiva Ubarana. Servidores do Tribunal afirmaram, durante depoimento, que ela comandava o esquema durante a ausência de Carla.

As gravações foram divulgadas pela TV Ponta Negra, filial do SBT no Estado e pelo Portal Noar.

Escândalo dos Precatórios


Em 2012, uma investigação do Tribunal de Contas do Rio Grande do Norte encontrou desvios de R$ 11 milhões, nos últimos cinco anos, no Tribunal de Justiça do estado. O depoimento de uma servidora do TJ, divulgado pelo Tribunal de Contas, envolveu dois desembargadores na fraude.

A ex-chefe da Divisão de Precatórios do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte fez um acordo de delação premiada.

O dinheiro repassado mensalmente ao Tribunal pelo estado e por municípios para o pagamento de dívidas judiciais, os chamados precatórios, era parcialmente retirado do banco por Carla e depositado na conta de laranjas.

Notas

Publicidades

Outras Notícias

Deixe seu comentário