02 MAI 2024 | ATUALIZADO 18:15
POLÍTICA
Da redação
23/06/2016 08:06
Atualizado
12/12/2018 16:35

Reprovação recorde de Rosalba no Governo aquecerá debate na campanha

Gestão da pepista à frente da administração estadual foi marcada por graves problemas em áreas como saúde, segurança e educação.
Valéria Lima

A ex-governadora Rosalba Ciarlini (PP) decidiu quebrar o silêncio. Já fala claramente como pré-candidata à Prefeitura de Mossoró. Em declarações recentes à imprensa, a pepista chegou, inclusive, a apresentar propostas e anunciar medidas para uma eventual quarta gestão à frente do Poder Executivo local.

Entretanto, o favoritismo da ex-prefeita, constatado por meio de pesquisas de opinião, pode esbarrar em um tema espinhoso: a passagem dela pelo Governo do Rio Grande do Norte, entre 2011 e 2014.

Até agora, Rosalba tem sido poupada de abordagens mais ríspidas em relação ao período em que administrou o Estado. Nas raras perguntas sobre o tema, a ex-governadora adota um tom mais emocional, afirmando ter sido vítima de perseguições políticas durante sua gestão no Palácio dos Despachos de Lagoa Nova, em Natal.

Rosalba deixou o Governo como uma impopularidade recorde. Em dezembro de 2013 chegou a ser apontada como a pior governadora do Brasil, tendo sua administração reprovada por cerca de 80% da população norte-rio-grandense. O Estado era constantemente alvo de reportagens negativas em nível nacional.

A situação da gestora chegou a um quadro tão insustentável que sequer o direito de concorrer à reeleição lhe foi dado. O diretório do DEM, seu antigo partido, optou por uma aliança com o grupo liderado pelo ex-deputado e atual ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves (PMDB), candidato derrotado ao Governo, em 2014.

Agravamento da crise na segurança pública e na saúde; incontáveis greves do funcionalismo público; escândalo na implantação do Hospital da Mulher; relacionamento conturbado com os partidos políticos que apoiavam a gestão. Essas e outras dificuldades enfrentadas por Rosalba na administração estadual devem pautar os debates com os demais pré-candidatos ao Palácio da Resistência.

Soma-se a isso a atual conjuntura econômica, que tem levado municípios como Mossoró a perdas milionárias de receitas. Quando governou a cidade por três vezes e o Rio Grande do Norte por um mandato, Rosalba não enfrentou esses obstáculos. Seus adversários deverão utilizar esse argumento para questionar a habilidade administrativa da gestora diante de um cenário de adversidade financeira.

Pré-campanha

As entrevistas concedidas por Rosalba levaram a um questionamento: é permitido ao pré-candidato apresentar propostas? De acordo com o chefe de cartório da 33ª Zona Eleitoral de Mossoró, Luiz Sérgio, sim.

A legislação não veda esse tipo de proposição. Confira abaixo um resumo do que é permitido (e negado) ao pré-candidato nessa fase de pré-campanha:

Permitido:

1 - Exaltar qualidades pessoais que entendam possuir

2 - Debater os problemas da cidade em eventos públicos

3 - Conceder entrevistas a órgãos de imprensa

4 - Expor sua plataforma de governo

5 - Explanar sua biografia

6 - Apresentar-se como pré-candidato

Restrição:

 - Pedir explicitamente votos

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