18 MAI 2024 | ATUALIZADO 08:43
MOSSORÓ
Cezar Alves, da Redação
24/06/2016 10:32
Atualizado
13/12/2018 20:05

Relatório da OAB sobre o HRTM contém informações incompletas e inverídicas

Afirmação foi feita pelo diretor geral Jarbas Mariano e pelo diretor médico Fernando Albuerne, após confrontarem as informações do relatório da OAB com a realidade dos fatos dentro do HRTM
Cezar Alves

A direção geral e a direção técnica do Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM), na manhã desta sexta-feira (24), divulgaram uma nota de esclarecimento sobre o que eles classificaram como informação inverídica, incompleta e injusta no relatório de visita técnica feito pelo médico e advogado Elsias Nascentes, presidente da Comissão de Saúde da OAB/Mossoró.

Veja relatório da OAB na ÍNTEGRA AQUI.

O diretor geral Jarbas Miguel Fernandes Mariano e o diretor técnico Fernando Albuerne Bezerra receberam equipes da TCM, InterTV e MOSSORÓ HOJE no miniauditório do HRTM. Os dois disseram que as informações levantadas no relatório que batem com a realidade, que são verdadeiras, serão usadas para melhorar a estrutura e atendimento no HRTM a população da região.

O conteúdo do relatório de visita técnica do médico e advogado Elsias Nascentes foi divulgado semana passada na sede da OAB/Mossoró. Neste mesmo dia, o diretor geral do HRTM, Jarbas Mariano, recebeu uma cópia das 59 páginas do relatório. “Não deu tempo analisar tudo que estava no documento, pela quantidade e gravidade das colocações”, explica Jarbas Mariano.

Ainda conforme o diretor geral, foi mais prudente recorrer ao setor jurídico da Secretaria Estadual de Saúde e também a uma análise confrontando as informações dentro do HRTM. O resultado é que “podemos afirmar que o índice de mortes na UTI está dentro do aceitável e definitivamente não existe médico matando pacientes no HRTM”, afirma.

Sobre o alto índice de mortalidade na Unidade de Terapia Intensiva do HRTM, quem explica é o diretor técnico Fernando Albuerne, que trabalha no local há 20 anos. Admitindo que existe algumas falhas pontuais na UTI, Albuerne afirmou que para o perfil do paciente que se interna na UTI HRTM, o índice de óbito real registrado está dentro do normal.

Veja vídeo


Já o diretor geral Jarbas Mariano destacou dois pontos. Primeiro, não existe gestão compartilhada no HRTM, conforme dito no relatório da OAB. “Toda região sabe que a gestão do HRTM é única e exclusivamente do Governo do Estado, através da SESAP. Não sei onde ele tirou isto. Isto é uma informação tão elementar que está no início do relatório", diz Jarbas Mariano.

O segundo ponto abordado pelo diretor geral é sobre o pagamento de cooperativas médicas com recursos de caixa dois apontado no relatório da OAB, que, durante a apresentação, fez uma comparação aos crimes que estão sendo combatidos na Operação Lava Jato. O relatório aponta a existência de caixa II na SESAP/HRTM para pagamento desta cooperativas.

“Esta é outra inverdade no relatório. Não existe caixa dois. O contrato das cooperativas passa por um rigoroso processo de licitação até seu final. É tudo oficial e o contrato está publicado no Diário Oficial do Estado, assim como também no Portal da Transparência”, diz Jarbas Mariano.

Em vídeo, Mariano deixa uma pergunta sobre o relatório.


Tanto Jarbas Mariano como Fernando Albuerne reconhecem que existe deficiências no HRTM, como relatou alguns trechos do relatório da OAB. Citam que às vezes faltam medicamentos, "mas que temos uma rede de farmácias hospitalares e fazemos trocas". Reconhecem também que existe uma carga excessiva de trabalho exercida pelos servidores e que as instalações ficam muito longe do que seria necessário para atender de forma confortável os pacientes.

Neste ponto, Jarbas Mariano destacou que o HRTM completou 30 anos agora em 2016 e nunca passou por qualquer reforma para ampliar um só leito. Atende pacientes de 64 municípios da região Oeste do RN, onde residem pelo menos 780 mil habitantes. Na prática foram três décadas de negligência de sucessivos governos estaduais, que não priorizaram investimentos no HRTM.

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Investimento na estrutura só veio acontecer este ano de 2016, segundo Jarbas Mariano, e foi um investimento da Maçonaria. O diretor aproveitou para agradecer aos maçons. Com relação aos servidores, Jarbas disse que realmente eles fazem um esforço sobre-humano para atender a população com as condições de trabalho que o Estado lhes oferece na unidade.

Sobre este trecho do relatório da OAB, Jarbas Mariano e Fernando Albuerne destacaram que é muito importante para se conseguir reforçar os pedidos já feitos a SESAP para ampliar a estrutura física e também de recursos humanos no HRTM. Acrescentou que existe um esforço por parte da diretoria e da própria SESAP para sanar estas questões.

O diretor Jarbas Mariano diz, em vídeo, que informações equivocadas no relatório da OAB/Mossoró termina por prejudicar o cidadão que precisa do serviço de saúde.

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