02 MAI 2024 | ATUALIZADO 10:22
ECONOMIA
Da redação / Agências Econômicas
24/06/2016 12:28
Atualizado
14/12/2018 04:21

As principais bolsas de valores fecham em forte queda após Brexit

A decisão do Reino Unido de deixar a União Europeia em referendo histórico, derrubou os mercados asiáticos nesta sexta-feira, com uma onda de vendas e fortes movimentos no câmbio.
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As bolsas da Europa fecharam em forte queda, após a decisão do povo britânico de sair da União Europeia (UE) no referendo realizado na quinta-feira. A decisão derrubou quase todos os índices acionários do continente e fez com que a libra caísse ao seu menor valor desde 1985, a US$ 1,341.

O índice pan-europeu STOXX fechou em forte queda de 6,83%, a 322,68 pontos. O índice alemão DAX caiu 6,82%, perdendo o nível dos 10 mil pontos e fechando a 9.557,16 pontos. Em Londres, o FTSE 100 teve queda de 2,8%, para 6.162,97 pontos, enquanto o CAC 40, de Paris, recuou 8%, para 4.106,73 pontos.

As bolsas espanhola, grega e italiana sofreram as maiores quedas no continente, com o FTSE MIB de Milão recuando 12,25%, a 15.765,00 pontos, a bolsa de Atenas caindo 13,32%, a 532,42 pontos, e o IBEX 35, de Madri, cedendo 12,35%, a 7.787,70 pontos, sofrendo a sua maior queda histórica em uma única sessão.

Há pouco, a libra operava em queda de 8,36%, a US$ 1,3634.

O setor bancário foi o mais prejudicado pelo "Brexit", com o britânico Barclay"s e o Bank of Scotland tocando baixa de 20% no começo da sessão. O setor bancário italiano, que já tem enfrentado problemas com créditos podres há algum tempo, sofreu problemas ainda maiores: a maioria das ações italianas não conseguiram ser negociadas no começo da sessão em Milão, com as vendas a preços muito abaixo do que o oferecido pelos compradores.

Os bancos gregos, que também enfrentam problemas, também sofreram fortes quedas.

As declarações dos bancos centrais ajudaram a acalmar os mercados, contribuindo para uma leve moderação das perdas nos mercados acionários europeus depois da abertura das bolsas de Nova York. Mark Carney, presidente do Banco da Inglaterra, disse na manhã desta sexta-feira que o banco central britânico tomaria as medidas necessárias para dar suporte aos bancos e à economia em geral.

O Banco Central Europeu, por sua vez, disse que está monitorando os mercados financeiros e que "está preparado para fornecer mais liquidez ao euro e a moedas estrangeiras, caso seja necessário".

Outros que sofreram fortes perdas foram os setores de varejo e de turismo, sobretudo no Reino Unido.

Ibovespa
O Ibovespa opera em forte queda no início desta tarde, na esteira dos demais mercados acionários internacionais. O indicador da Bolsa paulista declinava 3,57% às 12h25, somando 49.722 pontos, puxado por ações de commodities, diante da notícia de saída do Reino Unido da União Europeia.

Nenhuma ação subia no Ibovespa. Tinham baixa de Petrobras PN (-6,41%), CSN (-6,44), Vale ON (-6,15%), e Gerdau Metalúrgica PN (-5,48%).

Os investidores consideram as consequências da decisão do Reino Unido e o futuro da União Europeia. Na Europa, o FTSE 100, de Londres, perdia 2,22%, o DAX, de Frankfurt, perdia 5,85% e o CAC 40, de Paris, diminuía 6,97%.

No câmbio, o dólar comercial aumentava 1,50%, cotado a R$ 3,40.

Japão
A decisão do Reino Unido de deixar a União Europeia em referendo histórico, o chamado "Brexit", derrubou os mercados asiáticos nesta sexta-feira, com uma onda de vendas e fortes movimentos no câmbio. A Bolsa de Tóquio caiu quase 8%, na maior queda diária desde o tsunami de 2011.

As incertezas sobre o rumo da economia global diante do resultado do referendo britânico despertaram novos temores nos investidores.

O Nikkei 225, de Tóquio, caiu 7,92%, terminando em 14.952,02 pontos. Em Seul, o Kospi cedeu 3,09%, ficando em 1.925,24 pontos. O Hang Seng, de Hong Kong, declinou 2,92%, para 20.259,13 pontos. o Xangai Composto, de Xangai, perdeu 1,30%, aos 2.854,29 pontos.

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