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MOSSORÓ
Cezar Alves, da Redação
26/06/2016 21:10
Atualizado
13/12/2018 20:56

Recebi um convite divino , diz empresário que vai construir o Santuário em Mossoró

Antônio Pacheco disse que a obra não é investimento para se ter retorno, como muitos falaram. É também uma homenagem a mãe Lucélia Pacheco, que era devota de Santa Luzia e pagava promessas
Cezar Alves

O empresário pernambucano Antônio Pacheco da Silva Filho vai construir sozinho o Santuário de Santa Luzia, em Mossoró. É uma homenagem a sua mãe, Lucélia Pacheco, devota de Santa Luzia. As obras, conforme o prefeito Francisco José Júnior, devem iniciar em agosto. Precisa apenas das licenças ambientais e encerrar a negociação com os proprietários das terras.

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Antônio Pacheco declarou durante a assinatura do termo de compromisso, na tarde deste domingo (26), na Serra Mossoró:

“Recebi um convite divino e este convite não tinha propósito em lugar nenhum. De repente um colega anunciou que Santa Luzia precisava criar esta imagem dela aqui (em Mossoró) e eu comprei a ideia e estamos aqui para concretizar esta ideia”, explica.

Antônio Pacheco é de poucas palavras. Ele não classifica a obra como investimento.

“Não existe investimento. Houve a coincidência de um amigo que falou de um projeto. No momento que ele falou do projeto, que era um santuário, então eu deletei todo sentido de investimento e de algum retorno. Então eu abracei a causa do Santuário, sem ter nenhum vínculo político". Quando foi perguntando quanto vai investir: ele disse: "tudo. Só que não quero nenhum vínculo político. Não aceito. Não vai ser admitido nenhuma interferência política”.

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Já o secretário de Desenvolvimento Econômico, Trabalho, Agricultura e Turismo, que conseguiu, através do amigo coronel Antônio Carlos, localizar o pernambucano Antônio Pacheco, falou: “Estamos mudando o eixo do turismo religioso no mundo”, diz Renato Fernandes, explicando que Santa Luzia só perde em devoção para Jesus Cristo e Nossa Senhora.

“Hoje estamos vivendo um momento histórico, não só para Mossoró. Não é só para o Rio Grande do Norte. Mas para o Brasil”, enfatiza o secretário Renato Fernandes.

“Sendo Mossoró uma rota de turismo religioso, pode mudar a cara da cidade, da região, sem dúvida alguma”, afirma o padre Flávio Augusto, acrescentando que a devoção a Santa Luzia já existe. “Não precisa ser inventada. Precisamos apenas que esta devoção cresça e se aprofunde, por este espaço, dentro deste milagre que estamos tratando”, reforça.

Padre Flávio Augusto, que conversou bastante com o empresário que vai construir o Santuário de Santa Luzia. acrescentou: “Pacheco entre pela porta da frente na cidade de Mossoró, pela porta da fé”, comenta padre Flávio Augusto, acrescentando que “Sem dúvida alguma, que é um marco, um passo histórico".

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A vereadora Izabel Montenegro, do PMDB, fez uma declaração forte. “Prefeito, quero dizer que o senhor é um homem abençoado”, pontuou Izabel Montenegro, referindo-se a coragem para licitar e fazer o projeto arquitetônico do Santuário de Santa Luzia e pelo fato de aparecer o empresário Antônio Pacheco para fazer a obra.

“Você não merece só um título de cidadão mossoroense. Você merece todas as honrarias por parte da Câmara, do Executivo, da Igreja, tenho certeza que este legado que você deixará para Mossoró fará parte de nossa história”, afirma a vereadora Izabel Montenegro ao empresário Antônio Pacheco.

A vereadora afirmou que o que Mossoró precisa é de outra alternativa econômica e que neste caso não é exploração da fé, mas uma complementação. “Nunca nenhum gestor se preocupou em buscar outra alternativa de renda para Mossoró”, acrescenta o prefeito Francisco José Junior, lembrando que Mossoró sobrevive do sal, da fruticultura e do Petróleo.

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Francisco José Junior lembrou que buscou apoio da classe política de Mossoró e não encontrou para fazer o projeto e a obra do Santuário de Santa Luzia. Lembrou que chegou a ser vaiado, mas que isto não o desanimou. O fez foi ter mais forças para seguir em frente.

“Não foi fácil. A oposição dizia que eu estava dando calote na santa. Dizia que não acontecia, pois era promessa política. Fui vaiado em plena praça pública. Isto me deu foi mais força, mais garra. Ofereci aos empresários de Mossoró, que conhecem a força de Santa Luzia, e eles não acreditaram. Mas não desisti”, lembra o prefeito Francisco José Júnior.

Sobre o empresário Antônio Pacheco, Francisco José Júnior disse que inicialmente recebeu a notícia com desconfiança. Principalmente pelas condições. Não queria nada em troca. “Quando eu disse que fazendo esta obra Deus ia devolver em dobro, ele disse: "Prefeito, eu não quero que Deus me dê mais nada. Ele já me deu o que tenho e estou satisfeito. É também por minha mãe, que era devota e pagava promessa a Santa Luzia"", narra o prefeito.

“Ele disse: eu farei o projeto. Mas tem duas condições. Não cobre entrada para ninguém visitar o santuário. Que nenhuma empresa que construísse para o Município ou para o Estado poderia ser contratada para fazer a obra. Teria que ser uma empresa sem nenhum vínculo político com nosso estado e assim vai ser”, diz o prefeito Francisco José Junior.

Indenizações dos proprietários das terras devem ocorrer antes de começar as obras

 

Na ocasião da assinatura do Termo de Compromisso, o prefeito Francisco José Junior dirigiu a palavra aos proprietários das terras (15 hectares), no caso Seu Osvaldo, Seu Diogenes e Dona Marilene.  “Nosso intuito jamais foi tomar terra de ninguém. Nosso intuito é de fazer com que estas terras fiquem cada vez mais valorizadas e abençoadas”, afirmou. Francisco José Junior

Ele destacou a importância do Santuário de Santa Luzia para a economia de Mossoró. “Não só transformará a Serra Mossoró, vai transformar vidas da região, a cidade”.

Francisco José Junior deu uma perspectiva de quando vai iniciar as obras, com uma missa campal celebrada pelo padre Flávio Augusto. “A gente quer terminar o mês de julho com tudo pronto, Pacheco, para iniciar a obra em agosto”. Até lá, o prefeito já quer ter concluído o processo de indenização de todas as terras, para tanto quer apenas que a documentação seja providenciada pelos proprietários.

Após a solenidade, o prefeito conversou com MOSSORÓ HOJE.

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