15 MAI 2024 | ATUALIZADO 12:26
ECONOMIA
Da redação
28/06/2016 08:31
Atualizado
14/12/2018 08:23

Cresce a rigidez para financiamento de imóveis em Mossoró

Com altos índices de desemprego, diminuem as chances do brasileiro realizar o sonho da casa própria. A falta de renda do cidadão, e as dificuldades impostas pelos bancos para o financiamento são os maiores obstáculos
Agência Brasil

De acordo com o chefe de Departamento Econômico do Banco Central, Túlio Maciel, a queda na atividade com altos índices de desemprego no país diminuem as chances do brasileiro realizar o sonho da casa própria. A falta de renda do cidadão, e as dificuldades impostas pelos bancos para o financiamento são os maiores obstáculos encontrados pelos corretores de imóveis.

Em Mossoró, a realidade segue a tendência nacional. A reprovação está com índices alarmantes. Para a corretora Késia, a comprovação de renda em carteira de trabalho tem sido a grande vilã. “ Antes conseguíamos a liberação do financiamento facilmente, mesmo sem o interessado ter que comprovar renda em carteira. Hoje, somos barrados na primeira tentativa”, frisa a corretora.

Segundo Késia, os bancos alegam que todas essas medidas estão sendo tomadas para evitar o alto índice de inadimplência. Tendo em vista a quantidade elevada que já existe.

Bancos reduzem o crédito

Com queda da atividade econômica e taxas de juros mais altas, o crédito no país deve crescer apenas 1%, este ano, de acordo com projeção do Banco Central. A estimativa anterior da instituição, divulgada em março, era de crescimento do saldo das operações de crédito concedido pelos bancos de 5%.

O  crédito livre, aqueles em que os bancos têm autonomia para emprestar o dinheiro e definir as taxas de juros, a expectativa agora é de queda do saldo, este ano, em 1%. A estimativa anterior era crescimento de 2%. No crédito livre, estão empréstimos como os de cartão de crédito para a compra de veículos, crédito consignado (com prestações descontadas em folha de pagamento) e cheque especial.

Em maio deste ano, o saldo de todas as operações de crédito chegou a R$ 3,144 trilhões. Desse total, R$ 1,579 trilhão era de crédito livre e R$ 1,565 trilhão de empréstimos direcionados.

A crise econômica, em um ambiente de incertezas no início deste ano, afetou o mercado de crédito. Sem confiança, os bancos evitam emprestar e os clientes não procuram empréstimos devido à incerteza se terá renda para pagar o financiamento no futuro. “Indicadores de confiança vem mostrando alguma recuperação, mas o movimento ainda é muito incipiente para que vejamos alguma reação no mercado de crédito”, concluiu Túlio Maciel.

Com informações da Agência Brasil

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