03 MAI 2024 | ATUALIZADO 18:15
POLÍCIA
Cezar Alves, da Redação
30/06/2016 11:03
Atualizado
02/07/2016 07:33

Motorista pega 20 anos de prisão por matar a vizinha e tentar contra vida de outra

Inimizade entre vítimas e acusado começou com um namoro extraconjugal entre uma das vítimas e o réu. Depois que o "caso" acabou, os dois relataram que tiveram as vidas infernizadas
Cezar Alves

O motorista Antônio Marcos Soares Nogueira, de 34 anos, pegou 13 anos pela morte de Mércia Freire de Mendonça Sousa e outros 7 anos por tentar matar Paula Dayana Freire Mendonça, crimes estes ocorridos no dia 4 de outubro de 2015, em Mossoró.

O julgamento começou de 8h, com a presidência do juiz Cláudio Mendes Júnior, em substituição ao juiz Vagnos Kelly Figueiredo de Medeiros, que está de licença médica. Sorteado os sete membros do Conselho de Sentença, passou a ouvir as testemunhas, vítima e réu.

O réu contou durante depoimento ao juiz Claudio Mendes Junior que jogou a arma do crime no Rio Mossoró e fugiu para Assu de moto

As testemunhas fizeram relatos fortes de que o réu costumava maltratar os filhos e enteados em casa. Dayana Freire afirmou diretamente que teve um caso extraconjugal com o réu Antônio Marcos e depois deste fato sua vida se transformou num “inferno”.

E teria sido este o motivo central do crime. Em seu depoimento, Antônio Marcos disse que realmente teve o relacionamento com Dayana e que depois disto sua vida dentro de casa se transformou num “inferno”. As testemunhas relatam que jogavam pedras um no outro.

Antes deste relacionamento, testemunhas, vítima e acusado relataram que as famílias eram amigas. Próximas. Inclusive, Mércia Freire era madrinha dos filhos de Antônio Marcos. Depois do fim do caso entre Dayana e Antônio Marcos, Mércia Freire ficou do lado de Dayana e aí começou a intriga.

No dia do crime, segundo relatou as testemunhas, Antônio Marcos, portando uma arma, atirou pedras no telhado da casa de Mércia e fez ameaças. “Mércia já havia feito pelo menos três boletins de ocorrência e nada foi resolvido”, destaca a testemunha ocular do homicídio e vítima.

Ainda segundo ela, Antônio Marcos correu atras dela para matar. "Com certeza para não deixar testemunha do que ele fez", diz Dayana. "Ele era covarde. Ele esperava a gente sair para ir ameaçar minha mãe", acrescenta.

Segue depoimento de Dayana Freire ao juiz Claudio Mendes Junior

No dia da ocorrência, Mércia chamou Dayana para ir com ela registrar outro Boletim de Ocorrência na Delegacia de Plantão e pedir que a polícia agisse, pois já havia recomendação judicial para Antônio Marcos não tirar mais o sossego de Mércia Freire e Dayana.

Quando saiu de dentro de casa na companhia de Dayana, Antônio Marcos se aproximou e efetuou quatro tiros em Mércia Freire e mais dois em Dayana Freire, que só escapou porque conseguiu correr. “Ele atirou para me matar”, destaca a vítima aos jurados.

O promotor de Justiça Armando Lúcio Ribeiro pediu a condenação do réu por homicídio qualificado e também por tentativa de homicídio em sua forma qualificada. O advogado José Galdino, da defesa de Antônio Marcos, pediu que o Conselho de Sentença ponderasse, condenando o réu por homicídio simples e o absolvendo da tentativa de homicídio.

Ao final dos debates, por volta de meio-dia, o Conselho de Sentença optou pela condenação. Diante dos quesitos votados pelos jurados, o juiz Cláudio Mendes aplicou pena de 13 anos de prisão pelo homicídio e mais sete anos de prisão pela tentativa de homicídio. No mesmo julgamento, foi mantido a prisão do réu.

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