15 MAR 2025 | ATUALIZADO 17:28
POLÍCIA
Cezar Alves, da Redação
18/07/2016 10:19
Atualizado
19/07/2016 13:14

Acusado de matar criança de 2 anos com tiro de doze será julgado hoje

Cláudio Clemente matou, além Leo Jakson, o adolescente Marcelo Augusto, de 16 anos. O alvo dele era Daniel Faustino, 16, que sobreviveu. Motivo: Daniel havia "carregado" e dormido com a filha dele

O Tribunal do Júri Popular se reúne nesta terça-feira, 19 de julho, em Mossoró/RN, para julgar o pedreiro Cláudio Clemente de Araújo, de 48 anos, por ter matado, com um tiro de doze, o bebê Leo Jackson Fernandes da Silva, de 2 anos, no dia 9 de novembro de 2013, no bairro Planalto 13 de Maio, em Mossoró.

Na mesma ocasião, também foi baleado e morreu em seguida no Hospital Regional Tarcísio Maia o adolescente Marcelo Augusto Nascimento Silva, de 16 anos. O alvo de Claudio Clemente era outro adolescente, de nome Daniel Moura Faustino, de 17 anos.

Daniel foi baleado de raspão. É testemunha no processo. O motivo do duplo homicídio e da tentativa de homicídio é uma vingança. Segundo Cláudio Clemente, Daniel Faustino teria “carregado” sua filha de 11 anos, no dia 7 de novembro de 2013, ou seja, dois dias antes.

Em depoimento à polícia, Daniel Faustino confirma que realmente "carregou" a filha de Cláudio Clemente e que passou a noite com ela fazendo sexo e que no dia seguinte mandou ela de volta para casa. O Boletim de Ocorrência e outras testemunhas confirmam a versão.

Revoltado com o fato, Cláudio Clemente pediu o Fiesta preto emprestado ao irmão Cleiton Medeiros dizendo que ia se mudar do bairro Planalto 13 de Maio, onde mora. Entretanto, armado de doze e na companhia de outras duas pessoas, foi matar Daniel Faustino.

Não consta no processo os nomes destas outras duas pessoas que teriam participado diretamente do crime, um dirigindo e outro apontando o local. Cláudio Clemente estava no banco traseiro do carro e efetuou um só disparo na direção de Daniel Faustino.

Daniel estava na calçada da casa onde ocorria o aniversário da mãe de Leo Jackson, no caso Jayanny Larissa Evangelista da Silva. Conversava com o pai Leo Jakson, Lidijekson Fernandes deOliveira. Havia várias pessoas fora e dentro da casa bebendo e conversando.

O tiro de espingarda doze se espalhou e acertou a cabeça do menino Leo Jackson. Daniel Faustino, mesmo baleado, conseguiu fugir. Marcelo Augusto, caiu baleado, foi socorrido, mas não resistiu aos ferimentos e morreu quando recebia socorro médico no Tarcísio Maia.

O caso foi apurado pelo delegado Cleiton Pinho, da Delegacia de Homicídios, que terminou por prender o suspeito Claudio Clemente na Grande Natal. Aos policiais, Claudio Clemente confessou espontaneamente, em vídeo, que havia efetuado o disparo e contou as razões.

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A versão de Cláudio Clemente, confessando o duplo homicídio e a tentativa, bateu com a história que já existia na justiça, precisamente na Vara da Infância e da Juventude. Estes dados também fazem parte do processo, que é público e vai a Júri Popular nesta quarta-feira, 18.

Em síntese, o pedreiro/agricultor Claudio Clemente, que é natural de Campo Grande, atirou com uma doze para matar o adolescente Daniel Faustino, que havia “carregado” filha dele, feito sexo com ela e depois devolvido, e terminou matando o menino Leo Jakson, de 2 anos, e o adolescente Marcelo Augusto, de 16.

O julgamento

O julgamento será aberto às 8h pelo juiz Vagnos Kelly Figueiredo de Medeiros, no Salão do Tribunal do Júri Popular no Fórum Municipal Desembargador Silveira Martins. As testemunhas e o réu serão interrogados logo após o sorteio do Corpo de Jurados. Em contato com o MOSSORÓ HOJE, as famílias das vítimas confirmaram presença no julgamento.

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