O pedreiro Cláudio Clemente de Araújo, o Botija, de 48 anos, não compareceu ao seu julgamento pela sociedade na manhã desta terça-feira, 19, no Fórum Municipal Desembargador Silveira Martins, em Mossoró/RN.
Mesmo ausente, ele está sendo julgado pelos assassinatos do bebê Leo Jackson Fernandes da Silva, de 2 anos, do adolescente Marcelo Augusto Nascimento da Silva, de 16 anos, e tentou matar na mesma ocasião Daniel Moura Faustino, de 17 anos.
O crime aconteceu no dia 9 de novembro de 2013, em frente a uma residência onde ocorria o aniversário da mãe de Leo Jackson, no bairro Planalto 13 de Maio. O réu, na companhia de uma pessoa que ele chamou de Negão, efetuou um tiro com uma doze caseira.
O alvo de Cláudio Clemente era Daniel Moura Faustino, que teria, dois dias antes, “carregado” a filha do réu, que tem 11 anos, e passado a noite com ela. Este fato, conforme Cláudio Clemente em depoimento na polícia, foi o motivo do crime.
Já em juízo, durante a instrução do processo, Cláudio Clemente negou o crime. Disse que foi torturado para confessar que havia efetuado o disparo que resultou na morte de Leo Jackson, Marcelo Augusto e acertou de raspão Daniel Faustino, o alvo do tiro.
O julgamento começou às 8h, com o juiz Vagnos Kelly Figueiredo de Medeiros fazendo o sorteio de sete membros do Conselho de Sentença, que ficou composto por cinco homens e duas mulheres (nomes resguardados). O réu, que está preso em Natal, não veio.
Quem compareceu foi o advogado José Niécio Roldão da Silva. As famílias das vítimas compareceram ao Tribunal do Júri. O promotor Armando Lúcio Ribeiro está fazendo a exposição de como aconteceu o crime e as provas que comprovam a autoria.
O julgamento deve terminar por volta das 15h.