15 MAI 2024 | ATUALIZADO 12:26
POLÍTICA
Maricelio Almeida
22/07/2016 12:56
Atualizado
12/12/2018 19:09

?Queremos servir a Mossoró e não ser servidos?, afirma pré-candidato Tião

Sequenciando as entrevistas com os pré-candidatos a prefeito da cidade, nesta sexta-feira, 22, o portal Mossoró Hoje publica conversa realizada com o empresário Sebastião Couto (PSDB).
Maricelio Almeida

Sequenciando as entrevistas com os pré-candidatos a prefeito da cidade, nesta sexta-feira, 22, o portal Mossoró Hoje publica conversa realizada com Sebastião Couto, conhecido como “Tião da Prest”. A seguir, o empresário, que promove neste sábado, 23, convenção para oficializar seu nome à disposição do pleito municipal, detalha, entre outros pontos, o porquê de colocar seu nome à disposição para o pleito municipal, responde críticas feitas por adversários e avalia os nomes dos demais pré-candidatos. Acompanhe.

MOSSORÓ HOJE - Por que o senhor decidiu colocar seu nome à disposição para a disputa majoritária em Mossoró?

TIÃO COUTO - Participamos da política e das eleições. Votando e colaborando com os projetos que são propostos pelos partidos e seus candidatos. Ano passado, juntamente com Jorge do Rosário e Marcelo Rosado, depois com outros amigos, lançamos o Mossoró Melhor, com ideia inicial de propor um projeto de desenvolvimento para o município. Depois, avançamos. Decidimos que, uma vez já participando do processo eleitoral, poderíamos apresentar um nome para a sucessão de prefeito. Com a boa receptividade e participação de todos os segmentos sociais, coloquei meu nome à disposição do grupo, que entre outros colocados à discussão, foi escolhido, o que me honra bastante.

MH - Quais são os principais problemas que o senhor identifica na cidade hoje?

TC - A gestão pública tem ocasionado todos os problemas que vivemos hoje. A prefeitura precisa ser mais transparente, moderna e eficiente nos serviços que presta. Esse atraso provoca os problemas de segurança, de saúde, de transportes públicos e falta de assistência ao homem do campo, entre outros. Além disso, o sistema político é arcaico e eivado de familiarismo. Defendo que o prefeito seja eleito para ser prefeito no tempo do mandato, sem estar preocupado em eleger-se a outros cargos ou mesmo indicar familiares para disputar mandatos. Não podemos mais aceitar que as pessoas façam do mandato ou da política um meio de vida.

MH - Como o senhor avalia os nomes que já estão postos dos seus futuros concorrentes no pleito de 2016?

TC - São nomes já conhecidos do eleitor. Uns há mais de 30 anos disputando voto. Penso que cada um tem suas qualidades. Porém, temos candidatos que tiveram a oportunidade de estar à frente do Poder Executivo e que foram mal avaliados pela população, em face de não dar solução às demandas sociais, e também de volta-e-meia estarem às voltas com denúncia de mau uso do dinheiro público, sem falar nas promessas eleitoreiras quase sempre não cumpridas. O mundo está mudando, o Brasil quer mudar, quer virar a página dessa política que só privilegia os que estão no poder em detrimento das pessoas e do município. Mossoró também pensa assim.

MH - Sua convenção será a primeira entre os pré-candidatos. Já há uma definição de quem será o vice? O empresário Jorge do Rosário será o seu companheiro de chapa?

TC - Certamente até sábado temos de discutir essa indicação. Temos bons nomes, todos com história de vida e serviços prestados a Mossoró. Vamos conversar com os partidos, com as lideranças, e fecharmos a chapa majoritária. Jorge é um desses bons nomes e que muito nos honraria sendo ele o indicado pelo grupo.

MH - O Movimento Mossoró Melhor começou com o apoio de diversos partidos, mas chega à convenção com um pequeno número de siglas apoiando o projeto. O que aconteceu no percurso?

TC - O Mossoró Melhor é um movimento suprapartidário, que nasceu com o intuito de abrigar as discussões em prol do município, apontando os problemas e sugerindo sugestões. Não havia compromisso eleitoral, a gente não conversava sobre alianças. Estávamos debatendo a cidade e recordo que, na ocasião, chegamos a ter reunião com oito partidos, mas nenhum estava alinhado eleitoralmente. Passada essa fase, chegamos a esta que é a eleitoral, onde tudo começa visando à eleição. Respeitamos as posições partidárias que são muitas, que envolvem campanhas de prefeito e vereador, compromissos com diretórios estadual e nacional, as suas ideologias, além dos interesses de cada candidato, que possuem suas simpatias. Chegamos com o PSDB, o PR, o PSL e o PRP, e podemos ter mais partidos nessa caminhada. Chegamos fortalecidos com grandes postulantes ao Legislativo, com bom tempo de programa eleitoral e, principalmente, irmanados nesse princípio de mudança no sistema político local, começando por dar a Mossoró uma gestão pública transparente, moderna e eficiente.

MH - Pré-candidatos adversários afirmam que administrar a cidade como uma empresa, proposta que o senhor defende, é arriscado, uma vez que as empresas visam o lucro e o município o bem-estar social. O que o senhor teria a dizer dessas afirmações?

TC - Qualquer cidadão com vocação pública, com interesse de servir a sua cidade, pode ser candidato. E tendo uma vida pautada por dirigir empresas e instituições, sejam públicas ou privadas, está apto ao desempenho da gestão pública. Vemos nos dias atuais, pela avalanche de denúncias, processos e sentenças, além de maus hábitos do uso do dinheiro público, que os políticos certamente não são os mais indicados para a função. Quando me propus a disputar a prefeitura o fiz com o sentimento que a cidade precisa reagir, ser forte economicamente, e assim oferecer mais empregos e uma vida melhor para todos. Respeito bastante aos que pensam assim, pois certamente não conhecem que minhas empresas prezam por fazer obras sociais e colaborar com instituições de caridade. Fazemos isso, com a diferença de que não buscamos nada em troca. Vamos saber distinguir o que é conduzir uma empresa privada e o que é conduzir a gestão pública. Temos experiência e sabemos o que é qualidade de serviços, e vamos levar essa visão dando a Mossoró um governo decente, sem interesse pessoal e com serviços de qualidade na saúde, na educação, na ação social, segurança, enfim em todos os setores. Queremos servir a Mossoró e não ser servidos por Mossoró.

MH - Para finalizar, quais propostas pretende defender quando iniciar a campanha?

TC - Há cinco meses estamos caminhando em Mossoró, indo aos bairros, as entidades, aos partidos, ouvindo as pessoas sobre o contexto socioeconômico do município. Ouvimos as pessoas e cerca de 300 profissionais das mais diversas áreas da sociedade. E vamos continuar ouvindo para que o nosso plano esteja sempre em evolução. Na convenção vamos apresentar as ideias e propostas que vamos levar às ruas. A campanha vai ser pautada pelo debate de ideias e queremos o envolvimento de todos no projeto. Nós vamos propor a Mossoró um Plano de Governo atual, real e possível de ser executado. 

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