Com 550 mil presos e meio milhão sendo procurados para serem presos, o Brasil enfrenta uma crise sem precedentes no sistema prisional, que ao invés de “purificar” o bandido e devolve-lo a sociedade, está é deixando dezenas de vezes pior e organizado para atacar a sociedade.
Com o desprezo por parte dos governos em investir para o homem não se tornar criminoso e entrar no sistema prisional e menos ainda investimento no próprio sistema prisional de ressocialização, resta aos diretores de presídios as medidas alternativas.
Em Ji Paraná, na região Norte do Brasil, grupos de presos do regime fechado, considerados perigosos, estão fazendo uma terapia espiritual onde tomam um “daime”, uma espécie de alucinógeno que o coloca em transe e assim o ajuda a refletir sobre o crime que fez.
Isto foi destaque hoje em longa reportagem do NYT.
O Times destaca que um grupo de agentes penitenciários e policiais escoltam de dez a 15 presos por vez para o templo. Lá, vestem branco, tomam o alucinógeno, oram e dançam. Alguns só choram e dizem que o ritual o ajudou a reconhecer o erro cometido.
Em Mossoró, os presos da Cadeia Pública Manoel Onofre de Sousa vestem branco por outra razão: melhor controle interno. São 270 homens dividindo espaço projetado para caber um terço deste número. Perto, no presídio, a situação é de calamidade pública.
Em Caraúbas, o presídio foi feito para caber 96 presos e está com 202. Neste presídio, os próprios presos faziam seus alucinógenos até pouco tempo. Entre os presos, havia um que sabia fermentar cascas de frutas e destilar cachaça.
Em Alcaçuz, é melhor nem tocar neste assunto. Lá está fervendo!
Fazer terapia em presos com Santo Daime não me parece uma alternativa viável.