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Retratos do Oeste
11/04/2015 09:51
Atualizado
13/12/2018 05:07

Complexo Viário ao invés de evitar provoca mortes em Mossoró

Estrutura com erros grosseiros de projeto, obras executadas erradas, sem passarelas, desvios nas laterais dos viadutos cheios de buracos e todo o trecho sem iluminação pública
Cezar Alves

As obras do Complexo Viário do Abolição, em Mossoró, começaram há sete anos e, ao invés de benefício, tem gerado transtornos da população, provocado acidentes, em sua grande maioria em função de erros grosseiros no projeto, falta de iluminação e obras mal feitas.

As obras do Complexo Viário foram lançadas pela então chefe da Casa Civil, hoje presidente da República, Dilma Rousseff, na companhia da então prefeita de Mossoró Fafá Rosado e a ex governadora e atual vice-prefeita de Natal Vilma de Faria.

O objetivo da obra era permitir o tráfego de carros pela BR 304 com mais fluidez e evitar acidentes, com mortes, especialmente nos cruzamentos do acesso ao shopping, as universidades, assim como no acesso ao Santa Delmira e aos abolições.

Só que em função de erros grosseiros no projeto, o viaduto saída para Natal foi concluído, mas não serve para o fim que foi construído. Entre os abolições II e III, a obra teve que ser refeita, porque parte afundou. No Santa Delmira, o viaduto causou transtorno aos moradores.

Também por erro de projeto e execução da obra, no trecho em frente a Base 34 da Petrobras, a rodovia feita sem escoamento para águas fluviais. Quando chove, a água alaga parte da pista numa suave curva, o que provoca acidentes. Só em 2015 foram19 capotadas.

O mesmo erro aconteceu numa reta perto do conjunto Redenção. Neste local, a pista não tem inclinação suficiente para permitir o escoamento rápido da água. Os carros se chocam com água na pista, surpreende o motorista, que termina rodando e capotando.

Outro erro grave do projeto do Complexo Viário, é ausência de passarelas em todo o trecho. Como a pista tem uma barra de concreto separando as duas vias, fica impossível dos moradores que não tem carro fazer a travessia. Os moradores se arriscam pulando a mureta.

A situação é muito ruim para quem mora no Abolição III por não existir passarelas. Os moradores só tem como sair de casa para resolver alguma coisa no Centro se for num veículo ou terá que arriscar a vítima pulando o muro de proteção construído entre as duas vias.

Na execução das obras, a empresas fizeram desvios nas laterais dos viadutos (na prática são passagens de níveis). Estas laterais feitas com material ruim, se deterioraram rápido, em função do peso das carretas saindo com cargas de sal de Mossoró.

Na entrada do Santa Delmira e no acesso a UNP, o tráfego de veículo é dificultado devido à enorme quantidade de buracos. Quando chove, estes locais se tornam intransitáveis.

Para piorar todos os problemas estruturais, não existe iluminação em todos os 17 km do Complexo Viário, o que tem ocasionado muitos acidentes, especialmente de veículos atropelamento ciclistas. Só nesta sexta-feira, 10 foram 3 mortos.

O Complexo Viário do Abolição é obra orçada inicialmente em R$ 72 milhões. Está sendo custeada com recursos federais, com contra partida com governo do estado. A obra é fiscalizada pelo Departamento Nacional de Infra-estrutura e Transporte (DNIT).

 

360 graus

A cidade de Assu fica localizada na região do Vale do Açu, no Rio Grande do Norte. Faz margem com o rio Piranhas Açu e tem 55 mil habitantes. Economia baseada na pecuária e na agricultura. Também é forte no comércio.

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